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Amazing Evolution prevê subir receitas para 19 milhões

A empresa de gestão de unidades hoteleiras acaba de garantir mais três unidades para a sua carteira, uma em Sintra e duas na ilha da Madeira. O seu portefólio já atinge 1.400 unidades de alojamento, em regiões como Algarve, Lisboa, Região Centro e Ilhas.
14 Abril 2017, 16h00

A Amazing Evolution, uma empresa de gestão de hotéis surgida em plena crise do setor turístico em Portugal, a partir de 2008, garantiu mais três unidades hoteleiras para o seu portefólio, conforme revelou Margarida Almeida, CEO da empresa, em entrevista ao Jornal Económico. “Garantimos recentemente o desenvolvimento de projetos hoteleiros como a Quinta da Vigia, em Sintra; e o Palacete dos Zinos e o aparthotel Gorgulho, ambos na Madeira”, revelou esta responsável.

Margarida Almeida adiantou que o projeto da Quinta da Vigia se encontra em fase de licenciamento. Consiste num palacete com 42 quartos e uma quinta no centro histórico de Sintra, que resulta de um investidor privado que preferiu não identificar. Por seu turno, o Palacete dos Zinos, localizado na Ponta do Sol, na ilha da Madeira, será um boutique hotel, com 10 suites, também resultante de um investimento privado, que deverá estar aberto ao público já durante o próximo verão.

Por fim, o aparthotel Gorgulho (que deverá mudar de designação) , situa-se no Funchal e vai dispor de 124 unidades de alojamento. Trata-se de um edifício de 1970, com fachada de azulejo, que está ainda a ser alvo de obras de requalificação. Também aqui foi um investidor privado, neste caso português, que atribuiu à Amazing Evolution o mandato de gestão desta unidade, que deverá estar operacional em meados de agosto deste ano. “A Amazing Evolution é uma entidade gestora, não somos uma cadeia hoteleira. A empresa surgiu por uma necessidade de mercado, no final de 2012. Quando tinha acabado de abrir o Conrad, fui contactada por uma entidade estrangeira para enviar o nosso portefólio e sugeriram a nossa participação noutras unidades hoteleiras”, sublinha Margarida Almeida.

No auge da crise, grande parte dos projetos em que a Amazing Evolution interveio eram unidades que entraram em grandes dificuldades ou mesmo colapso financeiro, falências. Aliás, grande parte dos quadros da empresa (a maioria dos cerca de 20 colaboradores são do sexo feminino) passou por essas mesmas dificuldades. Mas, com o correr do tempo, a Amazing passou a ter um portefólio equilibrado entre projetos em dificuldade financeira, detidos por bancos ou fundos, e projetos de raiz ou remodelações resultantes de investimentos privados, quer seja em fase de operação ou de desenvolvimento, cujos promotores apenas pretendem uma gestão eficiente.

“E a Amazing cresceu também para outras áreas de negócios que não é só a gestão de ativos, tais como a operação de hotéis, o asset management, a consultoria ou o development, ou seja, a concepção e desenvolvimento dos empreendimentos ainda em fase de projeto”, sublinha Margarida Almeida.
Neste momento, a Amazing Evolution tem sob gestão cerca de 1.400 quartos/unidades de alojamento, das quais 860 estão em operação, 287 são unidades em asset management e 251 estão na fase de desenvolvimento. O Conrad, no Algarve, é um dos ex libris da portefólio da empresa. A Amazing tem ainda dois grandes projetos de assessoria e consultoria em carteira. As unidades localizam-se no Algarve, Lisboa, Região Centro e Regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Margarida Almeida realça que as unidades em operação (nove), estima-se que as receitas em 2017 rondem os 18,6 milhões de euros, comparando com os 15,9 milhões do ano passado. A CEO da Amazing Evolution sublinha o foco da sua gestão no aumento da rentabilidade das unidades hoteleiras sob a alçada da empresa, dando de uma unidade (não identificada) que começou a ser gerida pela Amazing no âmbito de um processo de insolvência: em dois anos, registou-se um crescimento de 30% no RevPAR (receita média por quarto disponível) e uma subida de 160% GOP (gross operating profit), ou lucro operacional bruto).

Notícia publicada na edição impressa do Jornal Económico de 7 de abril

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