A justiça espanhola aplicou uma sentença contra a Amazon, depois da empresa não ter declarado mais de dois mil trabalhadores. Estes funcionários operavam sob o modelo denominado Amazon Flex e estavam declarados como trabalhadores independentes, quando deveriam ser empregados da multinacional, segundo o jornal “El Economista”. O tribunal de Madrid declarou que a empresa deve agora contratar estes mesmos trabalhadores.
A notícia foi dada a conhecer hoje, através de um comunicado da Unión General de Trabajadores (UGT), que afirmou que a empresa tinha cerca de 2.166 trabalhadores, que forneciam serviços de entregas e distribuição, como trabalhadores independentes, mas que estes “eram obrigados a realizar as entregas com os seus próprios veículos e utilizavam uma aplicação da empresa para lhes ser indicado como proceder ao trabalho”.
A sentença descarta que a empresa trabalhe como intermediária entre os revendedores e as lojas. Este caso de falsos trabalhadores independentes foi baseado na doutrina do Supremo Tribunal de dia 25 de setembro de 2020, que determinou que os distribuidores da Glovo tinham vínculo de empregabilidade com a empresa.
A empresa já reagiu à notícia, assegurando que apesar de respeitar a sentença, tenciona apresentar um recurso. A multinacional afirmou que tenta sempre tentou criar oportunidades de emprego nas comunidades em que atua. Recordou ainda que o programa Amazon Flex deixou de esta ativo em Espanha desde abril de 2021.