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Ana Gomes encerra campanha com apelo ao voto: “Estas são eleições decisivas para a democracia”

A candidata Ana Gomes defende que participação nas eleições, marcadas para dia 24, é essencial para “reforçar a democracia”, que diz estar “sob ataque”, e “barrar os centrões de interesses” que têm prejudicado o desenvolvimento do país.
  • Tiago Petinga/LUSA
22 Janeiro 2021, 20h53

A ex-diplomata e candidata à Presidência da República, Ana Gomes, encerrou esta sexta-feira a campanha com o apelo ao voto, numas eleições que diz serem “decisivas” para o futuro do país. Ana Gomes defende que a participação nas eleições, marcadas para dia 24, é essencial para “reforçar a democracia”, que diz estar “sob ataque”, e “barrar os centrões de interesses” que têm prejudicado o desenvolvimento do país.

“Estas são eleições decisivas para o reforço da nossa democracia e para procurar barrar os centrões de interesses que demasiadas vezes têm asfixiado o desenvolvimento do país e a criação de oportunidades para os nossos homens e mulheres de trabalho”, disse Ana Gomes, numa sessão pública online de encerramento da campanha, onde contou com a presença do ministro das Infraestruturas e da Habituação, Pedro Nuno Santos.

Numa sessão, com o tema “Portugal, país que escolhe o seu futuro”, onde teve também ao seu lado a ativista de direitos humanos Carolina Pereira e o investigador Francisco Abreu Duarte, disse estar “confiante” de que, “respeitando todas as regras de segurança e garantindo a sua segurança e a dos outros, muitos cidadãos e cidadãs vão votar e demonstrar que confiam na democracia e que querem reforçar e regenerar a democracia”.

Ana Gomes admitiu que a segunda volta é “possível” e que, nessa fase, será preciso “congregar e unir, desde logo todos aqueles à esquerda que sabem a importância decisiva da democracia para a liberdade e para o cumprimento deste país”, e também todos aqueles, “no campo democrático, ao centro e à direita, percebem que a democracia está sob ataque e que forças da ultradireita, que não estão desgarradas do que se passa a nível mundial”.

Voltou a alertar que a “ultradireita” (referindo-se ao adversário André Ventura, deputado e líder do Chega) tem “um projeto que passa por atacar e pôr em causa a democracia do nosso país”, e que não se pode dizer que se trata de mais uma corrente de opinião que se vai combater pelas ideias. Para Ana Gomes, desvalorizar “o impacto de se semear do ódio, discriminação e insegurança entre os cidadãos” é fazer “o jogo dessa mesma ultradireita”.

“Penso que isso é muito claro para a maioria dos nossos concidadãos e concidadãs e, por isso, estou confiante de que, no dia 24, apesar de todas as restrições e com todas as regras de segurança acauteladas, os portugueses e portuguesas vão votar. É com essa confiança e com a confiança no futuro do país que vamos chegar ao dia 24 e vamos começar a preparar um futuro melhor e mais justo”, concluiu.

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