A embaixadora e antiga deputada europeia Ana Gomes pronunciou-se, em entrevista ao “Diário de Notícias”, sobre a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa de não dissolver o Parlamento quando António Costa não aceitou o pedido de demissão de João Galamba.
“Acho que não podia, de maneira nenhuma, sobretudo porque já tinha uma vez dissolvido e ainda porque sabia que não tinha alternativa. A direita não é alternativa neste momento. Está demasiado fragmentada e não é alternativa. Nem com a extrema-direita, nem em aliança com a extrema-direita. E penso que apesar de tudo, o Presidente – e eu critiquei, que deixou passar a aliança com a extrema-direita para viabilizar o governo dos Açores – hoje percebe que isso é inaceitável em termos nacionais e europeus”, afirmou a antiga deputada no Parlamento Europeu.
Questionada sobre a decisão do primeiro-ministro de “salvar um ministro” e a “fatura” que essa decisão poderá trazer, Ana Gomes não tem dúvidas: “É evidente que a responsabilidade é do primeiro-ministro, isso foi sublinhado pelo próprio, e o Presidente não se eximirá a confrontá-lo com essa responsabilidade. Agora, tudo dependerá do nível de problemas que essa amarração a João Galamba venha a trazer”.
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