Anacom dá 40 dias aos operadores para alterarem as regras de roaming

O regulador exige que MEO, NOS e Vodafone alterem as ofertas que violam as regras da neutralidade da rede e do roaming.

A Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações deu um prazo de 40 dias úteis aos operadores de telecomunicações para alterarem as ofertas de roaming que o operador considera estarem a violar os regulamentos.

Em comunicado, a Anacom explica que monitorizou as ofertas zero rating e outras similares dos prestadores de acesso móvel à Internet e encontrou transgressões. “Algumas dessas ofertas estão a violar o Regulamento Telecom Single Market (TSM) e o Regulamento do Roaming, no que respeita respetivamente às regras sobre a neutralidade da rede e sobre o roaming”, refere.

No seu sítio na internet, o regulador explica que detetou ofertas em que os prestadores têm “práticas de gestão de tráfego diferenciadas para os plafonds gerais de tráfego e para os plafonds específicos ou para as aplicações sem limites de tráfego”, o que viola as  regras da neutralidade da rede, com “riscos para a inovação no ecossistema da Internet”.

Constatou, igualmente, que, nalguns casos, os plafonds específicos de dados não podem ser utilizados no Espaço Económico Europeu (EEE) em termos equivalentes aos que são usados em Portugal, violando o princípio do roam ‘like at home’.

Os operadores têm agora 40 dias para alterar os procedimentos adotados nas ofertas que incluem o serviço de acesso à Internet móvel (incluindo também o serviço de Internet no telemóvel). Concretamente nos casos em que tem existido “um tratamento do tráfego diferenciado após esgotados os plafonds gerais de dados, entre as aplicações/conteúdos que integram plafonds específicos de dados ou que são disponibilizados sem limite de tráfego e as demais aplicações/conteúdos que integram os plafonds gerais de dados”.

O regulador recomenda, ainda, aos operadores que “nas suas ofertas de acesso móvel à Internet procedam a um aumento dos plafonds gerais de dados de modo a aproximá-los dos volumes de tráfego dos plafonds específicos, para melhor assegurar livres escolhas dos utilizadores relativamente a conteúdos, aplicações e serviços disponíveis através do acesso à internet”.

Relacionadas

Whatsapp, Viber e Apple iMessage ganham terreno

O setor das telecomunicações enfrenta atualmente a força das aplicações sem custos, ou com custos reduzidos, para o utilizador.

Saiba se vai pagar mais pelas telecomunicações este ano

As operadores Vodafone, Nowo, NOS vão manter os preços cobrados. A Meo, que não altera os valores para os serviços fixos vai atualizar “alguns tarifários móveis pós-pagos”.

Vamos pagar mais pelas telecomunicações? Vodafone, Nowo, NOS e Meo revelam planos para 2018

As operadores de telecomunicações Vodafone, Nowo, NOS vão manter no próximo ano os preços cobrados, assim como a Meo, que não altera os valores para os serviços fixos, mas atualiza “alguns tarifários móveis pós-pagos”, informaram hoje estas empresas.

Lucros da Telefónica aumentam 9.6% nos primeiros nove meses do ano

No entanto, no terceiro trimestre do ano, os lucro da operadora espanhola caíram 14,7%, para 839 milhões de euros, como resultado do fim do ‘roaming’, uma mudança que a empresa classificou de prejudicial no mercado europeu.
Recomendadas

Premium“Devemos executar bem o PRR, mais do que executar depressa”, diz CEO da Siemens Portugal

À margem da inauguração de um sistema de baterias inteligentes na ilha Terceira, o novo CEO da Siemens em Portugal, Fernando Silva, falou ao JE sobre as prioridades estratégicas do país, que passam pelo equilíbrio salarial e fiscal e por uma relação harmoniosa com o legislador.

Miguel Maya garante que “o tecido económico português pode contar com um sector financeiro robusto”

O presidente executivo do BCP falava na Millennium Talks em Leiria perante uma plateia de empresários e alguns membros do Governo, quando abordou o tema da crise na banca.

PremiumDono da Impala suspeito de desviar milhões com compra de imóveis fora do país

Jacques Rodrigues foi detido por fraude milionária. É suspeito de desviar mais de 60 milhões dos 100 milhões de euros de dívidas a trabalhadores, fornecedores e ao próprio Estado.
Comentários