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Andrea Nahles eleita primeira mulher à frente do partido mais antigo da Alemanha

A social-democrata de 47 anos é a primeira líder feminina a dirigir o partido mais antigo da Alemanha, tendo herdado um partido fraturado pelos fracos resultados que obteve nas eleições gerais de setembro.
23 Abril 2018, 12h31

O Partido Social Democrata alemão (SPD) elegeu na noite de domingo Andrea Nahles como nova presidente do partido, após a renúncia de Martin Schulz. A social-democrata, de 47 anos, é a primeira líder feminina do partido mais antigo da Alemanha, tendo herdado um partido fraturado pelos fracos resultados que obteve nas eleições gerais de setembro.

Andrea Nahles foi eleita com 66,35% dos votos, o que corresponde a cerca de 414 em 624 delegados que participaram no congresso extraordinário do SPD, que decorreu este fim de semana, na cidade de Wiesbaden. A nova presidente disputou a liderança do partido com outra mulher Simone Lange, antiga autarca da cidade de Flensburg, que conseguiu 172 delegados.

Simone Lange representa a face mais visível do descontentamento com a política adotada pelo partido em aceitar uma coligação para formar Governo com a CDU/CSU. Já Andrea Nahles, tentou passar ao lado do descontentamento no partido e focar-se na definição dos pilares que vão orientar o seu mandato: saúde e justiça social.

Descrita como uma mulher do povo, Andrea Nahles é proveniente de uma família trabalhadora, sindicalista e combativa. A antiga ministra do Trabalho acredita que é possível renovar o partido, depois de nas últimas eleições o SPD ter obtido um mínimo histórico de 20,5% dos votos. “Podemos renovar-nos a partir de dentro da grande coligação”, assegurou, apelando à unidade do partido. “Podemos consegui-lo, mas não é coisa para uma só pessoa, mas para todos juntos”.

A eleição de Andrea Nahles acontece um mês depois de Martin Schulz ter apresentado a sua demissão da presidência do partido, após 25 anos de liderança, para se tornar ministro dos Negócios Estrangeiros. Com a vitória de Andrea Nahles, a Alemanha consolida o domínio feminino na liderança das formações parlamentares do país, quase duas décadas depois de Angela Merkel ter chegado à CDU.

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