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Angola com crescimento praticamente nulo em 2016

Economia angolana registou um crescimento de apenas 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, mas o défice orçamental foi menor do que o programado.
23 Janeiro 2017, 14h38

Angola fechou o ano de 2016 com crescimento económico praticamente nulo, segundo dados do Governo, tornados hoje públicos, em Luanda. Assim, a economia angolana apresenta um crescimento económico real de apenas 0,1%, avança a agência Lusa.

Na revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2016, realizada em setembro devido à forte quebra das receitas com a exportação de petróleo no primeiro semestre, o Governo angolano tinha revisto em baixa a previsão do crescimento real da economia de 3,3% para 1,1% do PIB.

No entanto, durante a apresentação do Plano Anual de Endividamento do Estado angolano para 2017, Patrício Neto, diretor do Gabinete de Estudos e Relações Internacionais do Ministério das Finanças, avançou com dados das contas públicas de 2016 que apontam para um crescimento de 0,1%.

Em contrapartida, o défice das contas públicas terá ficado nos 2,3% do PIB, contrariamente à previsão inicial do Governo em Setembro que era de 6,8%.

Em declarações à Lusa, Patrício Neto esclareceu estes são números ainda preliminares, já que as contas do quarto trimestre de 2016 ainda não estão fechadas.

Outros indicadores apontam para o fecho de 2016 com um montante de reservas internacionais líquidas na ordem dos 22 mil milhões de dólares, que correspondem a 20,6 mil milhões de euros.

Para o ano de 2017, o Plano Anual de Endividamento do Estado angolano prevê necessidades brutas de financiamento no mercado na ordem dos 4,667 biliões de kwanzas (26,4 mil milhões de euros), sendo 75% deste total para angariar no mercado interno.

Segundo Osvaldo João, o nível do endividamento do Estado angolano (excluindo empresas públicas), deverá subir dos 52,47 do PIB em 2016 para 53,29% este ano.

O Governo angolano prevê para 2017, um défice orçamental de 5,8% do PIB, no valor de 1,139 biliões de kwanzas (6,4 mil milhões de euros) e um crescimento económico de 2,1%.

 

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