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Angola vai a votos dia 24. Eleitores residentes fora do país podem votar pela primeira vez

Nestas quintas eleições da história participam sete partidos e uma coligação e além da primeira participação de dois partidos, o Partido Humanista (PH) e o Partido Nacionalista da Justiça em Angola (P-Njango).
13 Agosto 2022, 12h01

Mais de 14 milhões de eleitores estão inscritos para votar em 24 de agosto numa das mais competitivas eleições em Angola, para escolher uma nova Assembleia Nacional, de onde sairão, o Presidente e o vice-presidente.

Nestas quintas eleições da história participam sete partidos e uma coligação e além da primeira participação de dois partidos, o Partido Humanista (PH) e o Partido Nacionalista da Justiça em Angola (P-Njango), a novidade neste escrutínio será a participação pela primeira vez dos eleitores angolanos residentes fora do país.

A votação em 24 de agosto promete ser das mais competitivas, com o Presidente da República João Lourenço, líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a lutar por um segundo mandato e repetir a votação de 61,07% alcançada em 2017. O principal adversário é a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), cujo líder, Adalberto Costa Júnior, disputa pela primeira vez a Presidência.

Do total de 14.399.391 eleitores inscritos, mais de 22 mil residem no exterior e a Comissão nacional de Eleições (CNE) criou assembleias de voto em 25 cidades em 12 países distribuídos por três continentes: África, América e Europa.

No contente africano foram criadas assembleias de voto na África do Sul (Joanesburgo, Pretória e Cidade do Cabo), Namíbia (Windhoek, Oshakati, e Rundo), República do Congo (Brazzaville, Dolisi e Ponta Negra), República Democrática do Congo (Kinshasa, Matadi e Lumbumbashi) e Zâmbia (Lusaca, Suluezi e Mongo).

Os eleitores que residem no continente americano podem votar nas assembleias de voto criadas no Brasil (Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro) e os que vivem na Europa têm as urnas de voto instaladas na Alemanha (Berlim), Bélgica (Bruxelas), França (Paris), Países Baixos (Roterdão), Reino Unido (Londres) e Portugal (Lisboa e Porto).

No total, a CNE criou 13.238 assembleias de voto que serão constituídas por 26.443 mesas, no território nacional, enquanto que para a votação dos eleitores inscritos no estrangeiro foram criadas 26 assembleias de voto com 45 mesas de voto. Para todas as mesas de voto foram recrutados 105.952 membros.

Os 220 membros da Assembleia Nacional angolana são eleitos por dois métodos: 130 membros de forma proporcional pelo chamado círculo nacional, e os restantes 90 assentos estão reservados para cada uma das 18 províncias de Angola, usando o método de Hondt e em que cada uma elege cinco parlamentares.

Desde que entrou em vigor a Constituição de 2010 que não se realizam eleições presidenciais, sendo o Presidente e o vice-presidente de Angola os dois primeiros nomes da lista do partido mais votado no círculo nacional.

No anterior ato eleitoral, em 2017, o MPLA obteve a maioria com 61,07% dos votos e elegeu 150 deputados, e a UNITA conquistou 26,67% e 51 deputados. Seguiram-se a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), com 9,44% e 16 deputados, o Partido de Renovação Social (PRS), com 1,35% e dois deputados, e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com 0,93% e um deputado. A Aliança Patriótica Nacional (APN) alcançou 0,51%, mas não elegeu qualquer deputado.

Além destas formações políticas, na eleição em 24 de agosto estão ainda o Partido Humanista (PH) e o Partido Nacionalista da Justiça em Angola (P-Njango).

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