António Capucho, fundador do PSD e antigo presidente da Câmara Municipal de Cascais, afirmou, numa entrevista à Antena 1, que só voltará às fileiras dos sociais-democratas se recuperar o seu antigo número de militante e se o processo da sua expulsão for arquivado.
Expulso do PSD em 2014, depois de ter apoiado uma lista de independentes candidatos à Câmara Municipal de Sintra, em 2013, concorrente à lista dos sociais-democratas, António Capucho admite agora voltar, mas recusa fazer uma nova ficha de militante. “O Conselho de Jurisdição tem de arquivar o processo, aliás há precedentes com a eleição de Mário Soares”, argumentou, na entrevista divulgada esta sexta feira.
A possibilidade de Capucho regressar ao partido que ajudou a fundar ganhou força com a eleição de Rui Rio para a liderança do PSD, em Janeiro. O antigo autarca nunca escondeu ser partidário de Rio, tendo admitido, em outubro de 2017, regressar desde que o ex-autarca do Porto estivesse na liderança e com garantia de que o PSD regressasse “à sua matriz social-democrata”.
O antigo ministro dos Assuntos Parlamentares e, por duas vezes, líder parlamentar do PSD disse ainda que, para a recuperação da credibilidade da vida politica, Rio “tem de arranjar um nicho entre o discurso libertário anti Estado da Direita, que estava muito presente no PSD e no CDS e as ideias mais libertárias e estatizantes, sinónimo do entendimento entre o PS e a Esquerda, que é suficiente para ganhar porque o eleitorado está ao Centro”.
A relação entre Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio também foi abordada na conversa com a jornalista Carla Pinto, tal como o pagamento de quotas dos militantes do PSD.
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