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António Costa acusa Cavaco Silva de alimentar “o frenesim” da direita (com áudio)

Primeiro-ministro referiu que o Presidente da República fez essa intervenção na qualidade de militante do PSD e que ele, enquanto economista, “é um profundo conhecedor dos ciclos económicos”, razão pela qual “percebe a dinâmica em que o país se encontra”.
22 Maio 2023, 14h10

O primeiro-ministro acusou hoje o ex-Presidente da República Cavaco Silva de estar a alimentar “o frenesim” da direita para provocar uma crise política artificial e de procurar interromper ao Governo uma trajetória de recuperação da economia.

António Costa falava aos jornalistas à entrada para um almoço comemorativo dos 25 anos da abertura da Expo 98, altura em que desempenhava as funções de ministro dos Assuntos Parlamentares no primeiro dos dois governos liderados por António Guterres.

No sábado, durante o 3.º Encontro Nacional dos Autarcas Social-Democratas (ASD), em Lisboa, o antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva acusou o Governo de ser especialista em “mentira e propaganda” e, considerou que o primeiro-ministro perdeu a autoridade e não desempenha as competências que a Constituição lhe atribui, sugerindo a sua demissão.

Perante os jornalistas, António Costa referiu que Cavaco Silva fez essa intervenção na qualidade de militante do PSD e que ele, enquanto economista, “é um profundo conhecedor dos ciclos económicos”, razão pela qual “percebe a dinâmica em que o país se encontra”.

“A economia portuguesa felizmente está a dar a volta às grandes dificuldades que teve de enfrentar com a pandemia [da covid-19], com o início da guerra [na Ucrânia] e com a inflação. Portanto, Cavaco Silva foi alimentar aquele frenesim em que a direita portuguesa agora está no sentido de criar o mais rapidamente possível uma crise política artificial, de forma a não dar tempo que os portugueses sintam – como têm direito a sentir plenamente – os benefícios desta recuperação económica”, reagiu o líder do executivo.

De acordo com António Costa, “só uma crise política artificial poderia hoje interromper a dinâmica de crescimento, com o emprego em máximo históricos e com Portugal a registar um equilíbrio externo já com saldo positivo neste trimestre”.

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