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António Costa: “Investimento direto alemão em Portugal aumentou mais de 50% nos últimos cinco anos”

O primeiro ministro destacou este domingo, na abertura da feira internacional de Hannover, que a Alemanha é o terceiro mercado de exportação de Portugal e que existem mais de 600 empresas germânicas a operar no país.
29 Maio 2022, 17h59

O primeiro ministro quis confirmar, na abertura da feira internacional de Hannover, que a indústria e a inovação “andam de mãos dadas” tanto em Portugal como na Alemanha e escolheu uma citação do CEO da alemã Bosch para o discurso de arranque do certame: “Hoje não é apenas made in [feito] Portugal. É made in and created [feito e criado] em Portugal”.

António Costa destacou, no primeiro dia do evento, que há mais de 600 empresas alemãs que operam em Portugal e trabalham em “estreita cooperação” com as pequenas e médias empresas nacionais, mantendo uma “relação duradoura” com o sistema de inovação português. Já o “investimento direto alemão em Portugal aumentou mais de 50%” e as exportações para a Alemanha subiram 16% nos últimos cinco anos.

“Nos dias de hoje, Portugal é reconhecido pelas suas indústrias têxtil e calçado, pela cortiça ou pelo azeite, pelo vinho do Porto ou por Cristiano Ronaldo, pelo sol, pela ótima gastronomia e pela calorosa hospitalidade – com razão, todas são boas razões para nos conhecerem -, mas na verdade Portugal é muito mais do que isto. Há um novo Portugal que importa conhecerem”, começou por dizer.

Assim, o líder do Executivo aproveitou a maior feira industrial do mundo para enumerar as vantagens de investir em Portugal: tem mão de obra altamente qualificada, mostra abertura ao comércio externo, possui um sistema de investigação cooperante com o tecido empresarial, estabilidade política e coesão social e é o Estado-membro da União Europeia com a inflação mais baixa este ano.

“Todos os anos as empresas portuguesas têm vindo a Hannover para mostrar a excelência da nossa indústria, aprofundando as parcerias e os laços comerciais. Ser o país convidado é seguramente o reconhecimento do valor das relações já existentes entre as indústrias portuguesas e alemãs e demonstra potencial para reforçarmos ainda mais esses laços”, afirmou António Costa.

Na edição deste ano da feira criada em 1947, estarão presentes grupos portugueses de vários segmentos de atividade: moldes, engenharia mecânica e ferramentas, metalurgia, mobilidade e automóvel, aeronáutica e espaço, têxtil, plásticos técnicos, tecnologias de produção ou energias renováveis. “Agradeço a representação do melhor de Portugal e a excelência da nossa indústria”, frisou.

Sobre a Alemanha, António Costa enalteceu o exemplo do Fraunhofer Institute na investigação e lembrou que os laços comerciais entre os dois países têm “benefícios mútuos” há mais de uma centena de anos. Por exemplo, quando os portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral fizeram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, ligando Lisboa ao Rio de Janeiro, e o conseguiram também com o apoio da empresa alemã Plath.

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