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António Costa: “Para alimentar o ciclo de inovação não basta ter Web Summit todos os anos”

O primeiro ministro discursou na apresentação da nova aceleradora tecnológica da Farfetch, que também contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann.
  • Farfetch
20 Abril 2018, 12h26

O primeiro ministro afirmou esta sexta-feira que o ecossistema de startups no país contribuiu para alterar o paradigma empresarial em Portugal e permitir um maior acesso ao mercado e à criação de um negócio próprio.

António Costa lembrou que se o país quer “alimentar este ciclo de inovação não basta ter o Web Summit todos os anos”. O governante referiu que a cimeira criada por Paddy Cosgrave é importante para o investimento e networking, mas é necessário continuar “investir na educação, na ciência” ou na capacidade de transferir o conhecimento da academia para as empresas, exemplificou, em declarações na apresentação do programa de aceleração tecnológico da Farfetch.

“Quero felicitar pelo novo passo e pela nova ideia [aceleradora]. A Farfetch passa a ser uma agregadora de projetos e novas ideias. Não quer ter o exclusivo daquilo que é. Todos sabemos que grande parte das ideias e das startups não se tornam Farfetch. Há que perder o medo pelo risco e pelo medo de falhar”, disse o primeiro ministro, elogiando a iniciativa do unicórnio luso-britânico.

O líder do Executivo remeteu aos tempos em que “para ser empresário era preciso ser herdeiro” e ter condições financeiras para abrir um negócio. Na sua opinião, o ecossistema de startups em Portugal fez com que qualquer pessoa com uma boa ideia pudesse entrasse no mercado. “Isso é muito importante para a transformação do tecido empresarial do país”, salientou António Costa.

A Farfecth apresentou esta manhã o programa Dream Assembly, nova a aceleradora para startups na área da moda e tecnologia, que conta com o apoio da marca de artigos de luxo Burberry e do fundo de venture capital 500 Startups, encarregues de prestar mentoria às microempresas que se pretendam juntar à aceleradora.

“Quem está a começar e tem pequenas produções precisam de plataformas como a Farfetch, que tem transformado o comércio. Aquilo que a Farfetch está aqui a fazer hoje é muito importante para país, que deseja crescer com mais e melhor emprego (…). Investir na educação é a chave para o futuro do país”, referiu o primeiro-ministro, um dos convidados do evento, que também contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e da secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann.

A Dream Assembly irá funcionar a partir do escritório da capital e terá workshops, encontros com mentores das áreas de operações, logística, marketing, moda, entre outras funcionalidades. As startups participantes poderão estar durante 12 semanas a arrecadar conhecimento. A 500 Startups dará inclusive oportunidade a empresas de voarem até São Francisco, nos Estados Unidos da América.

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