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António Costa: “Temos de continuar a criar condições para termos empresas mais sólidas”

Na sua mensagem de Natal deste ano, o primeiro-ministro enumerou dois desafios principais do país: o demográfico e o territorial. “Portugal está melhor porque os Portugueses vivem melhor. Mas temos muito trabalho pela frente”, afirma o líder do Executivo.
25 Dezembro 2018, 21h20

O primeiro-ministro considera que Portugal “está melhor” mas ainda persiste trabalho a fazer e metas a cumprir, entre as quais eliminar o défice, continuar a reduzir a dívida e melhorar a qualidade dos serviços públicos, nomeadamente a do Serviço Nacional de Saúde. Na sua habitual mensagem de Natal, António Costa começou por enviar uma palavra de reconhecimento às Forças Armadas e às Forças de Segurança nacionais e, de seguida, apelou à melhoria dos rendimentos e da dignidade no trabalho, ao aumento do investimento na educação e na formação ao longo da vida e à a criação cultural e científica.

“Temos de continuar a criar condições para termos empresas mais sólidas que investem na sua modernização tecnológica, exportam cada vez mais e para mais mercados, criando mais postos de trabalho, mais estáveis e melhor remunerados”, disse ainda o líder do Executivo português.

Na sua opinião, é necessário superar os dois principais desafios do país: o demográfico e o territorial, que incluem melhores políticas de habitação e de família (com “aumento do abono para as crianças”) e valorização dos “recursos desaproveitados” e aproveitamento do potencial do mar, o do arquipélagos dos Açores e da Madeira e a “proximidade a um grande mercado ibérico de 60 milhões de consumidores”.

Apesar de realçar aos portugueses que, pela primeira vez desde o início do século, a economia nacional “cresceu mais do que a média europeia” e de salientar a forte redução da taxa de desemprego, o primeiro-ministro admite que não cai em ilusões:

“Eu não me iludo e não nos podemos iludir com os números. Temos mais 341 mil empregos criados, mas há ainda muitas pessoas a procurar emprego; os rendimentos têm melhorado, mas persistem níveis elevados de pobreza; já conseguimos assegurar médico de família a 93% dos cidadãos, mas há ainda 680 mil portugueses que aguardam pelo seu médico de família”.

https://jornaleconomico.pt/noticias/primeiro-ministro-centra-mensagem-natal-na-educacao-103525

 

Na mensagem de Natal de 2017, o primeiro-ministro garantiu que para Portugal iria ter “melhores empregos, empresas mais produtivas e uma economia mais competitiva” e . Já no ano anterior, António Costa mostrou-se confiante na construção de “um tempo novo” no país, com crescimento, emprego e consolidação financeira, e na viabilidade política de uma “plataforma comum” assente no diálogo, na transparência e no compromisso, fazendo ainda alusão ao processo que conduziu à formação do atual Governo.

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