Uma falha elétrica voltou hoje a deixar às escuras a cidade de Caracas e os vizinhos Estados de Miranda e Vargas onde, segundo dados não oficiais, residem 6,96 milhões de pessoas.
A falha que durou pelo menos 60 minutos, ocorreu pelas 11:00 horas locais desta quinta-feira (16:30 horas em Lisboa), e tem lugar depois de quarta-feira aquelas três regiões venezuelanas terem ficado às escuras durante quase uma hora.
O apagão de hoje, segundo o ministro de Energia Elétrica, Luís Motta Domínguez, teve lugar devido a operações de reparação de um “ato de sabotagem” ocorrido quarta-feira, pelo qual foram detidas dez pessoas.
“Compatriotas, devido à reparação do cabo ‘seccionado’ no dia de ontem, haverá interrupção do serviço (de abastecimento de energia elétrica) enquanto durem os trabalhos. Os circuitos vão ser ativados paulatinamente”, escreveu o ministro na sua conta do Twitter.
O apagão de hoje voltou a obrigar o Metropolitano de Caracas a suspender o serviço de transporte de passageiros, obrigando os utilizadores a caminharem a pé.
As ruas de Caracas mostravam uma enorme quantidade de pessoas caminhando, ou à espera de autocarro, numa cidade onde é cada vez mais difícil usar o transporte público, devido à paralisação de viaturas por falta de peças de reposição.
Por outro lado, instituições educativas como a Escola de Cinema e Televisão (ESCINETV) paralisaram temporariamente as atividades, quando um grupo de alunos fazia a análise de um filme latino-americano.
Devido ao apagão de hoje os serviços de telecomunicações, como os telefones fixos do Estado, registaram intermitências.
Este é o terceiro grande apagão que, no último mês, afetou a cidade de Caracas.
Na Venezuela, são cada vez mais frequentes os apagões, uma situação que o Governo venezuelano atribui a sabotagem e a oposição à falta de investimentos e de manutenção no setor.
Os apagões são mais frequentes no interior do país, onde a população se queixa de passar até cinco dias às escuras.
Recentemente, empregados da empresa estatal Corpoelec manifestaram-se para exigir melhores salários e denunciar faltas de investimentos no setor.
Na imprensa venezuelana alguns engenheiros têm advertido para a possibilidade de um grande apagão geral.
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