Apenas 33% das empresas portuguesas inicia ações de cobrança quando a fatura está vencida, de acordo com o Estudo de Gestão de Risco de Crédito promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform. Este valor reflete um agravamento de quatro pontos percentuais nas ações de cobrança face aos valores de há um ano. A empresa de seguros de crédito e a consultora, autoras do estudo, alertam: “o tempo é o maior inimigo da eficácia na recuperação de dívidas”
“O tempo é o maior inimigo da eficácia na recuperação de dívidas. Contudo, apenas 33% das empresas portuguesas inicia ações de recuperação de faturas vencidas”, segundo os dados apurados no inquérito de outono do Estudo de Gestão de Risco de Crédito em Portugal, impulsionado pela Crédito y Caución e pela Iberinform. Este valor, avança o estudo, reflete um agravamento de quatro pontos percentuais nas ações de cobrança face aos valores de há um ano, situando-se numa das percentagens mais baixas do histórico do estudo.
De acordo com a empresa de seguros de crédito e consultora, as empresas que concedem aos seus clientes prazos adicionais superiores aos 60 dias antes de iniciarem processos de cobrança representam 20% do total.
“Se os clientes se atrasam no pagamento das faturas, 62% das empresas renunciam ao direito de cobrarem juros de mora, oito pontos percentuais menos que há seis meses. Apenas 2% das empresas são sistemáticas à hora de exercer este direito”, acrescenta.
Entre as empresas que aplicam juros de mora, que surgem automaticamente sem necessidade de pré-aviso ou requerimento ao cliente, esta vaga do estudo revela que apenas 2% das empresas os reclama com valores acima da taxa de juro que, na falta de um acordo, é estabelecida pela lei.