Apenas 8% dos empresários portugueses acreditam que o OE terá um impacto positivo

No Barómetro Kaizen é possível concluir que 43% dos empresários portugueses não estão a realizar investimentos no Plano de Recuperação e Resiliência e 31% afirma que o grau de execução destes investimentos é baixo.

O Kaizen Institute divulgou a mais recente edição do Barómetro, onde é possível verificar que 44% e 26% dos inquiridos aponta que a inflação e a crise energética são os dois temas mais impactantes no contexto económico atual.

O Barómetro Kaizen inquiriu mais de 250 gestores de médias e grandes empresas que atuam no mercado português e que no seu conjunto representam mais de 35% do PIB nacional.

O ano de 2022 foi um ano positivo para os empresários portugueses, uma vez que 74% admitiu ter cumprido ou ultrapassado os objetivos a que se propôs. Também o grau de confiança destes sobe ligeiramente face à última edição do barómetro, em julho de 2022, passando de 10,95 para 11,16. Mas mesmo assim os empresários portugueses mantêm-se cautelosos, tendo 86% afirmado que as previsões da Comissão Europeia sobre o crescimento do PIB nacional ser inferior a 1% em 2023, serem verdadeiras.

O estudo revela que apenas 8% acredita que o Orçamento de Estado terá um impacto positivo na sua atividade, face aos 28% que acreditam no oposto. Quando inquiridos sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, 43% dos empresários revelam não estar a realizar investimentos neste âmbito e 31% afirma que o grau de execução destes investimentos é baixo.

Apesar da inflação estar a descer lentamente ao longo das últimas semanas na zona Euro, as empresas continuam preocupadas em garantir as suas margens, para tal, 23% dos inquiridos acredita que as iniciativas para garantir estas margens, passam pelo aumento dos preços de venda, enquanto 21% destaca a melhoria da eficiência energética, já 17% refere que as medidas passam por potenciar a utilização da automação das tarefas.

“Estamos perante uma nova narrativa de investimento e, apesar das perspetivas parecerem animadoras e os empresários estarem mais otimistas, continuamos a viver num clima de incerteza debaixo de variáveis que transitaram do último ano e, sob a influência de novos impactos como a abertura da China, por exemplo, cujas consequências sobre o consumo e cadeias de abastecimento, ainda desconhecemos. Mais do que nunca, é importante redefinir a proposta de valor e alinhar a estratégia das empresas com os objetivos dos stakeholders, garantindo soluções que permitam catalisar o negócio, sem incremento de custos, apostando na digitalização e com perspetivas de sustentabilidade do crescimento”, realça António Costa, CEO do Kaizen Institute.

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