A Arábia Saudita vai fazer cortes significativos na produção a partir de julho. A redução de um milhão de barris por dia (bpd), acordada este domingo, surgiu na reunião entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), que se prolongou durante cerca de sete horas.

O grupo dos maiores produtores de petróleo do mundo e seus adiados, liderados pela Rússia, têm estado reunidos em Viena, na Áustria, em negociações sobre os cortes na produção desta matéria-prima, para tentar dar resposta à queda dos preços do ouro negro, há cerca de dez meses, e ao excesso de oferta.

Segundo a agência Reuters e o “Financial Times”, o ministro da Energia da Arábia Saudita, príncipe saudita Abdulaziz bin Salman, disse que este golpe de Riade pode ser estendido para depois de julho caso considerem que é necessário. Em abril, quer a Arábia Saudita quer os restantes membros da organização anunciaram um corte surpreendente, de 1,66 milhão de barris por dia.

A OPEP decidiu ainda prolongar as metas de redução global da produção de petróleo a partir de 2024 para um total de 40,46 milhões de barris diários. “Queremos apenas cobrir o bolo com o que fizemos”. Faremos o que for necessário para trazer estabilidade a este mercado”, garantiu o ministro saudita, que é o líder de facto da OPEP+, em declarações à publicação britânica.

O preço do barril de petróleo tem estado a valer cerca de 70 dólares. Na sexta-feira, o barril de petróleo Brent valia na ordem dos 76 dólares e o WTI, produzido no Texas, fixava-se nos 71 dólares.

A OPEP+ tem nova reunião agendada para o próximo dia 26 de novembro.