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ARCOlisboa regressa em maio com número recorde de galerias

As galerias internacionais têm a capital portuguesa e a ARCOlisboa no seu radar. À 6ª edição, a feira afirma-se como um epicentro da arte contemporânea e do seu mercado.
6 Abril 2023, 16h16

Em maio, Lisboa é ponto de encontro de colecionadores, proprietários de galerias, artistas e profissionais de todo o mundo ligados às artes e cultura. E palco da 6ª edição da ARCOlisboa, entre 25 e 28 de maio, que este ano regista um “número recorde” de galerias participantes. E qual a razão para este crescimento? A organização aponta o “interesse crescente das galerias internacionais na ARCOlisboa”, como justificação para um aumento de 29% face a 2022.

A Feira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa vai reunir este ano 84 galerias de 22 países, entre elas 26 portuguesas, e regressa ao espaço que a tem acolhido desde a primeira edição, a Cordoaria Nacional. Organizada pela Feira Internacional de Madrid (IFEMA) em parceria com Câmara de Lisboa, a ARCOlisboa irá ser um palco por excelência da arte portuguesa e espanhola, a par de uma área especialmente reservada ao continente africano.

Como sublinha a organização em comunicado, o público que se deslocar à Cordoaria Nacional nos quatro dias da feira vai encontrar “um panorama da cena artística portuguesa, num amplo diálogo com a arte espanhola e europeia, acompanhada de uma seleção criteriosa de artistas africanos”.

À semelhança dos anos anteriores, a feira desenvolve-se em torno de três áreas distintas: o Programa Geral, que inclui 54 galerias, a seccção Opening Lisboa, que conta com a presença de 21 galerias, e África em Foco, onde participam oito galerias. Este ano, a participação de galerias portuguesas representa 31% da feira, com 26 representadas, em equilíbrio com o segmento internacional, que se situa nos 69%, com 58 galerias, sobretudo oriundas da Europa, mas também de África, presente através de Angola, Marrocos, Moçambique e África do Sul.

No ano passado, a maior feira nacional dedicada à arte contemporânea reuniu 65 galerias de 14 países e recebeu 11 mil visitantes nos quatro dias de abertura ao público, segundo os números então divulgados.

Participam pela primeira vez no Programa Geral as galerias Carlier | Gebauer, Document, Elisabeth &amp, Klaus Thoman, Fernando Pradilla ou The Goma. De regresso, após um interregno, estão Fernández-Braso, Georg Kargl, MPA-Moisés Pérez de Albéniz e Pelaires.

A nível nacional estarão, entre outros nomes, Bruno Múrias, Cristina Guerra Contemporary Art, Francisco Fino, Madragoa, Miguel Nabinho, Pedro Cera, Vera Cortês, Quadrado Azul, Presença, Uma Lulik, Galeria 111, e, entre as estrangeiras, a Alarcón Criado, Elvira González, Heinrich Ehrhardt, Helga de Alvear, Juana de Aizpuru ou Leandro Navarro.

O crescimento do Programa Geral também visa abarcar novos conteúdos, como os projetos SOLO, no âmbito dos quais será apresentado o trabalho de nove artistas internacionais, nomeadamente Mané Pacheco (Balcony), Nacho Criado (José de la Mano), Eugenia Mussa (Monitor), Túlio Pinto (Nosco), FOD (T20), Ana López (W-Galería) e Edin Zenun (Zeller Van Almsick).

A secção Opening Lisboa tem curadoria de Chus Martínez e Luiza Teixeira de Freitas, com a colaboração de Diogo Pinto, e pretende afirmar-se como uma seção que vai investigar as novas linguagens e espaços artísticos, com o objetivo de atrair novos conteúdos e investigações para o certame. A seleção de galerias integra nomes como Anca Poterasu, Britta Rettberg, Livie Gallery, Menoparkas, Portas Vilaseca e Ravnikar, que se estreiam no programa, e também conta com alguns regressos, caso de Artbeat, Atm, Foco, Rodríguez Gallery e The Ryder Projects.

O programa África em Foco volta a centrar a atenção na investigação da arte contemporânea do continente africano, com a participação de oito galerias selecionadas pela curadora Paula Nascimento: African Arty, de Marrocos, Afronova e Guns & Rain, da África do Sul, Arte de gema, de Moçambique, e ainda com a alemã Artco, a francesa 193 Gallery, e as portuguesas Perve e Insofar, cujos expositores vão estar espalhados pelo espaço da feira. No Programa Geral estão presentes outras galerias africanas, como as angolanas Movart e This Is Not A White Cube, e L’atelier 21 Art Gallery, de Marrocos.

Na edição deste ano, será mantido o espaço ArtsLibris, dedicado a edições de artista, fotolivro e publicações digitais, que reúne cerca de 30 expositores nacionais e estrangeiras no Torreão Nascente da Cordoaria, de acesso livre ao público. Tal como também estará de volta o Fórum ARCOlisboa, comissariado pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) e dirigido pelos curadores Marta Mestre e Ángel Calvo Ulloa, focado na investigação em arte contemporânea.

A ARCOlisboa 2023 abre portas no dia 25 de maio, dedicando este primeiro dia apenas a profissionais. O acesso ao público em geral decorrerá de 26 a 28 de maio.

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