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Arguido português da Lava Jato vai ser extraditado para o Brasil

Esta é a primeira vez que um cidadão de nacionalidade portuguesa é extraditado para o Brasil, país com o qual não há acordo para extradição de nacionais.
  • REUTERS/Ricardo Moraes
15 Abril 2018, 12h37

O arguido da operação Lava Jato Raul Schmidt foi detido esta sexta-feira em Lisboa para ser extraditado para o Brasil, onde está acusado de corrupção, branqueamento de capitais e associação criminosa. Esta é a primeira vez que um cidadão de nacionalidade portuguesa é extraditado para o Brasil, país com o qual não há acordo para extradição de nacionais.

A detenção de Raul Schmidt acontece depois de as autoridades portuguesas terem concluído que não há nada que impeça a extradição do arguido para o Brasil. A Polícia Judiciária no Sardoal, distrito de Santarém, já tinha detido o empresário em fevereiro, dando cumprimento ao mandado de detenção emitido pelo Tribunal da Relação de Lisboa, para que o arguido seja extraditado para o Brasil.

A decisão de extraditar o arguido não foi unânime entre os juízes do Supremo Tribunal e os advogados do arguido português da operação Lava jato interpuseram um ‘habeas corpus’, para travar a extradição.

Nascido no Brasil, foi um dos requerentes de cidadania portuguesa que viu ser-lhe reconhecida a cidadania originária, em janeiro. Raul Schmidt é neto de portugueses e terá sido um dos quatro processos, entre os 1.637 pedidos de reconhecimento de cidadania portuguesa, que foram aprovados pelo Instituto de Registos e Notariado (IRN).

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