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Armilar lança fundo de 60 milhões de euros para investir em tecnológicas

O fundo FCR Armilar Venture Partners TechTransfer estará atento ao tecido empresarial oriundo das universidades: ‘spin-outs’, startups que nascem em instituições académicas e de investigação, participantes de programas de aceleração ou incubação, empresas fundadas por antigos investigadores, etc.
6 Fevereiro 2019, 07h27

A sociedade gestora de fundos de capital de risco Armilar Venture Partners lançou um novo fundo, com 60 milhões de euros, destinado a empresas tecnológicas.

Sem distinção de setores ou de maturidade da empresa, o FCR Armilar Venture Partners TechTransfer pretende apostar em ‘startups’ que comercializem soluções tecnológicas oriundas da investigação e desenvolvidas em Portugal e na Europa.

Os investidores da OutSystems, da Feedzai ou da Codacy, que têm cerca de 260 milhões de euros sob gestão, referem que têm assistido um fluxo maior e melhor de oportunidades nas escolas de engenharia e nas instituições de investigação em Portugal.

Ou seja, o quinto fundo desta organização vai olhar sobretudo para o tecido empresarial oriundo das universidades: ‘spin-outs’, ‘startups’ que nascem em instituições académicas e de investigação, participantes de programas de aceleração ou incubação, empresas fundadas por antigos investigadores, etc.

O Fundo de Transferência de Tecnologia, cujo investidor principal é o Fundo Europeu de Investimento (EIF), arrecadou mais de 45 milhões de euros na primeira fase de subscrição de investidores privados internacionais, entre os quais se incluem empresas como a Semapa e a holandesa KPN ou o Instituto Superior Técnico.

“Ter um fundo de transferência de tecnologia significa que não só podemos investir em empresas de base tecnológica em ‘early-stage’, como também as podemos apoiar numa fase ainda mais inicial, trabalhando com instituições”, explica Pedro Ribeiro Santos, sócio da Armilar Venture Partners.

Joaquim Sérvulo Rodrigues, sócio e CEO, sublinha que a gestora de fundos de ‘venture capital’ continua “a apoiar grandes empreendedores na construção de negócios de destaque”.

“Alguns dos quais evoluíram para se tornarem os melhores do mundo nas suas áreas de atuação e criaram um enorme valor para todos os seus ‘stakeholders’”, diz.

O fundo TechTransfer é apoiado pela InnovFin Equity, com o apoio financeiro da União Europeia ao abrigo dos Instrumentos Financeiros Horizonte 2020 e do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos.

“Esta é uma área estratégica para o FEI. Somos um dos principais investidores neste segmento de mercado emergente, que exige uma gama específica de competências por parte dos gestores”, refere, por sua vez, Luigi Gilibert, CEO do FEI.

A Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), ex-Banco de Fomento, subscreve o fundo através do Portugal Tech, em parceria com o FEI.

Henrique Cruz, CEO da IFD, considera que uma das maiores falhas no ecossistema de ‘startups’ português é o “acesso muito limitado a capital paciente”, pelo que este novo fundo investimento vai “fundamental” para apoiar os empresários portugueses que procuram o primeiro financiamento.

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