Arrendar casa em Portugal ficou mais caro. Preços subiram 21% em 2022 (com áudio)

Com o novo aumento de preços, Lisboa mantém o estatuto de cidade onde é mais caro arrendar casa em Portugal. Preço do metro quadrado fixou-se em 18,3 euros.

Os preços das habitações para arrendar subiram 21,1% entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023. Em termos trimestrais, a subida foi considerável, tendo aumentado 8,1% nos últimos três meses do ano, revela o novo estudo do idealista.

O índice de preços do idealista mostrou que arrendar casa em Portugal tinha um custo de 13,1 euros/m2 no final de janeiro deste ano, com base no valor mediano. Iniciando uma análise ao primeiro mês do ano, a plataforma imobiliária indicou que os preços das casas para arrendar em Portugal subiram 1,6% face ao mês anterior.

Em janeiro, o preço do arrendamento subiu em nove capitais de distrito, estando Leiria a liderar a lista após um aumento de 7,4%. Faro apresentou um aumento de 4,1%, Viana do Castelo de 4%, Braga de 3,9%, Coimbra de 2,9% e Funchal de 2,1%. Já Aveiro, Lisboa e Porto apresentaram subidas abaixo dos 2%, na ordem dos 1,9%, 1,7% e de 1,2%, respetivamente.

Os preços das casas para arrendar em Santarém mantiveram-se estáveis entre dezembro e janeiro, mas desceram em Castelo Branco (1,3%) e em Setúbal (0,4%).

Com o novo aumento de preços, Lisboa mantém-se a cidade onde é mais caro arrendar casa com o preço do m2 fixado em 18,3 euros. Ligeiramente mais barato, o Porto pede 14,9 euros/m2 e o Funchal cerca de 11,7 euros/m2. Os preços em Aveiro fixaram-se em 11,1 euros/m2, Faro em 9,8 euros/m2, Setúbal em 9,6 euros/m2, Coimbra em 8,3 euros/m2, Braga em 7,7 euros/m2 e Viana do Castelo em 7,6 euros/m2. Por sua vez, as cidades mais económicas são Castelo Branco (5,9 euros/m2), Santarém (6,8 euros/m2) e Leiria (7,3 euros/m2).

Numa análise aos distritos e às ilhas, o idealista nota que os preços das casas para arrendar desceram em Vila Real (-18,2%), Viseu (-6,2%), Évora (-1,7%) e em Castelo Branco (-0,6%). No entanto, subiram em Viana do Castelo (8,5%), Portalegre (7,1%), ilha de São Miguel (4,4%), Faro (3,6%), Porto (2,5%), Santarém (2,2%), Setúbal (2,1%), Leiria (1,9%), Lisboa (1,3%), ilha da Madeira (0,6%) e Coimbra (0,6%).

Em janeiro, os preços subiram em todas as regiões portugueses, com o Algarve a liderar a lista após uma subida de 3,6%, seguidos pela Região Autónoma dos Açores (2,2%) e pelo Norte (2,1%). Seguem-lhes a Área Metropolitana de Lisboa (1,7%), o Alentejo (1%), a Região Autónoma da Madeira (0,6%) e o Centro (0,2%).

A Área Metropolitana de Lisboa, com 15,8 euros/m2, continua a ser a região mais cara, seguida pelo Algarve (11,6 euros/m2), Norte (11,5 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (10,9 euros/m2), enquanto o Alentejo (8,3 euros/m2) permanece como a região mais barata.

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