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Arrendar em Portugal: 88% dos senhorios prefere contratos inferiores a um ano

Estudo contou com a participação de 400 inquiridos que praticam diversos tipos de arrendamento, a curto, médio e longo prazo.
3 Abril 2017, 18h04

Foram divulgados os resultados do inquérito de boas práticas de arrendamento promovido pelo portal da Uniplaces, que tem como principal objetivo traçar o perfil do senhorio em Portugal. O estudo contou com a participação de 400 inquiridos que praticam diversos tipos de arrendamento, a curto, médio e longo prazo.

De acordo com o inquérito, a principal conclusão prende-se com a duração preferencial de cada contrato de arrendamento, ao qual 88% dos inquiridos afirma preferir que as suas propriedades sejam arrendadas por períodos inferiores a um ano. Apenas 12% dos inquiridos afirmou ter preferência pelo arrendamento por períodos mais longos, normalmente superiores a 12 meses. 35% sublinha, ainda, que o período preferencial se situa entre os seis e os 12 meses.

É também verificado que 60% dos senhorios conta apenas com uma propriedade para arrendamento, com apenas 2% dos inquiridos a afirmar ter mais de 15 casas para locação. Quando questionados sobre a forma como preferem arrendar a sua propriedade, 56% alega preferir arrendar por quarto, a vários inquilinos em simultâneo.

André Rodrigues Pereira, Country Manager da plataforma em Portugal, esclarece: “Os resultados deste estudo, que inclui tanto utilizadores da Uniplaces como senhorios que utilizam outras plataformas, mostram que os proprietários de imóveis têm preferência pelos estudantes, por se tratar de um tipo arrendamento mais seguro e cómodo, quando comparado por exemplo com o arrendamento à semana a turistas que envolve maiores encargos burocráticos e de logística. Percebemos também que existe já a perceção no mercado de que arrendar a estudantes é uma opção muito viável, segura, cómoda e em crescimento”.

Questionados, ainda, sobre o motivo para a preferência sobre o arrendamento a estudantes, 59% afirma que é “por ficarem por períodos curtos, permitindo utilizar a propriedade de uma forma mais flexível”, aliada à “enorme procura que permite arrendar de forma mais rápida”. 37% dos respondentes salienta ainda que se deve à maior rentabilidade que este tipo de arrendamento tem face a outro tipo de inquilinos.

Devido à sazonalidade da procura por parte dos estudantes, 41% dos inquiridos afirma combinar ambos os tipos de arrendamento (alojamento local e a estudantes) para otimizar a taxa de ocupação.

Relativamente à legislação, quando questionados sobre a legislação aplicada ao alojamento local ou turismo, 50% dos inquiridos refere ser necessária a existência de regulamentação para que todos paguem os devidos impostos, e 28% afirma que “qualquer proprietário deveria ter a possibilidade de arrendar a sua propriedade à sua maneira”.

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