[weglot_switcher]

Arrependido: “Foi um erro” dar emprego a mulher e filhos, reconhece Fillion

François Fillion pede desculpa aos franceses por dar emprego à família. No entanto, diz ter sido tudo legal e transparente.
6 Fevereiro 2017, 17h48

Em informações avançadas pela agência “Lusa”, François Fillion,  o candidato conservador à presidência da França, admitiu que ” o primeiro passo em política é reconhecer os erros: colaborar com a família em política já não é algo aceitável para os franceses” e afirmou estar “ profundamente arrependido”.

Contudo, François Fillon diz não ter “nada tem a esconder”, uma vez que os empregos da sua mulher, Penelope, e dos filhos Charles e Marie são “legais e transparentes”. No entanto, revela  que  “foi um erro técnico”.

Na origem da conferência de imprensa que teve lugar na sede da campanha presidencial, em Paris, estão as informações avançadas pelo jornal Le Monde de que a justiça francesa está a estudar a possibilidade de ampliar as acusações contra François Fillon, acrescentando-lhe os delitos de financiamento ilegal de campanha eleitoral e tráfico de influências.

Segundo o jornal francês, o inquérito a Fillon feito pelos investigadores sobre os empregos fictícios (ou não) da mulher e dos filhos, deu origem a outras linhas de investigação. Perante as acusações, Fillion declarou que o seu filho Charles, contratado como seu assistente no Senado entre 2005 e 2007, trabalhou para a campanha presidencial de Nicolas Sarkozy em 2007.

Esta confirmação pode abrir uma nova via de investigação por um possível delito de “financiamento ilegal de campanha eleitoral”. Sobre a sua filha Marie Fillion, o candidato disse ao Le Monde que também foi contratada como assistente parlamentar quando ele era Senador e que o ajudou a escrever um livro. Na altura, os dois filhos ganharam perto de 85 mil euros e Penelope Fillion cerca de 900 mil euros.

Sob investigação está também por analisar se houve delito de tráfico de influências na atribuição, em dezembro de 2010, da Grã Cruz da Ordem Nacional da Legião de Honra ao empresário Marc Ladreit de Lacharrière, dono da publicação “La revue des deux mondes”, que contratou Penelope, mulher de Fillon, em 2012.

Recorde-se que a investigação já aberta pelo alegado emprego fictício de Penelope  como assistente parlamentar entre 1998 e 2002 e de 2002 a 2007 é conhecida como o “Penelopegate”.

 

 

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.