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Artistas e lojas com histórias reinventam montras em Lisboa

Roteiro artístico entre o Rossio e o Chiado, em Lisboa, junta artistas contemporâneos emergentes e consagrados com o objetivo de preservar a memória da cidade e estimular o comércio local. Até 15 de novembro, há nove montras que chamam por si.
4 Novembro 2021, 07h30

São nove as lojas históricas de Lisboa que aderiram à Coleção Outono-Inverno, iniciativa promovida pela EGEAC, com o mote “Artistas Plásticos – Lojas com História” e acesso livre, patente ao público até 15 de novembro.

Trata-se de uma “Coleção Outono-Inverno especial, à prova de tendências passageiras, que visa chamar a atenção para o património e a memória da cidade e estimular o comércio local, mas também promover o cruzamento de públicos e oferecer diferentes montras à arte contemporânea”, realça a organização.

Nesta edição participam Sara & André na Luvaria Ulisses – a última loja do país com venda exclusiva de luvas; Isabel Cordovil na Ourivesaria Sarmento – que além do expectável numa ourivesaria, detém também um espólio documental e de instrumentos único. Ana Pérez-Quiroga instalou-se na loja A Carioca, Vasco Araújo reinventou a montra da Barbearia Oliveira – Barbearia Moderna, Francisco Vidal inspirou-se no rótulo do Licor Eduardino na Ginginha sem Rival, Adriana Proganó pergunta-se “Why can’t I fit in?” na Livraria Bertrand, Sara Chang Yan traz o olhar do outro à Livraria Trindade, Ana Vidigal aterrou na mercearia-charcuteria Manuel Tavares, e Ângela Ferreira questiona as divisões norte-sul na quase centenária Ferragens Guedes.

O êxito da primeira edição, a Coleção Primavera-Verão, na qual dez lojas e dez artistas plásticos foram convidados a intervir numa montra, abriu caminho a esta segunda edição, cujas criações podem ser visitadas separadamente ou em formato roteiro, que pode descarregar no site da EGEAC, a empresa municipal responsável pela gestão de equipamentos e animação cultural da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

A iniciativa Lojas com História foi lançada pela CML em 2015. Objetivo? Promover o comércio antigo, ao mesmo tempo que se protegem estabelecimentos com relevante património material, histórico e cultural. Entre lojas de porcelanas, livrarias, tapetes, restaurantes, bares, mercearias e outros serviços, 114 ostentam este “selo” atualmente.

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