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Artur Santos Silva diz que BPI está empenhado em comprar o Novo Banco

Processo de venda direta do Novo Banco estava pendente desta decisão da AG do BPI. A venda direta é o caminho prioritário para vender o banco. Uma venda da totalidade do capital repartido por institucionais é para já um plano alternativo.
  • Octávio Passos/Jornal Económico
21 Setembro 2016, 16h53

O Novo Banco – o banco de transição que resultou do resgate ao BES – está atualmente em processo de venda. A decisão hoje em Assembleia Geral de desblindagem dos votos no BPI ao deixar o caminho aberto para a OPA do CaixaBank ter sucesso, facilitou o processo de venda do Novo Banco.

Fontes ligadas ao processo admitem que a venda directa do Novo Banco é prioritária e que agora, com o desfecho da AG do BPI, torna-se mais perto de ser bem sucedida.

“O banco está a estudar seriamente essa operação [a venda do Novo Banco] e o aspecto que hoje foi resolvido [a desblindagem] permite ao BPI tomar posições, porque já não está bloqueado (…)”, garantiu Artur Santos Silva, presidente da instituição, na conferência de imprensa que se seguiu à Assembleia Geral de Accionistas. Já ontem, o BPI no comunicado enviado à CMVM, no preâmbulo da proposta, explica que o banco tem de dispor de todos os instrumentos possíveis para lidar com os desafios que se apresentam ao banco liderado por Fernando Ulrich. “Um dos instrumentos é o acompanhamento e envolvimento de actuais e futuros accionistas do banco, seja no que respeita ao apoio ao financiamento da sua actividade e respectiva expansão, seja no que respeita ao suporte e participação do banco em eventuais operações de concentração”.

De momento foram quatro as propostas recebidas, dos fundos Apollo/Centerbridge e Lone Star e dos bancos BCP e BPI. A venda do Novo Banco irá decidir-se entre estes. Só se isto falhar é que avança a venda a institucionais (decorrente do roadshow), estando estes a trabalhar no assunto desde Março.

Mas a venda a institucionais só é autorizada pela CMVM se o Novo  Banco deixar de ser banco de transição, o que implica  venda da maioria do capital.

Este segundo concurso irá desenrolar-se rapidamente, depois de o primeiro ter sido suspenso em Setembro de 2015, com o Banco de Portugal a considerar que nenhuma proposta era interessante.

 

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