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As amendoeiras já estão em flor: roteiro para receber a primavera a branco e rosa

As amendoeiras já estão em flor e não enganam. Apesar de a primavera, segundo o calendário que o Homem inventou, só chegar a 20 de março, a verdade é que já anda por cá. Espreite o roteiro que lhe deixamos para a receber em todo o seu esplendor.
  • © Diário de Trás- os-Montes
15 Fevereiro 2022, 16h15

É sempre tempo de voltar ao Douro, pelo que este é apenas um pretexto. Mas também não será um qualquer, entenda-se, pois não é todos os dias que se pode ver a paisagem pintada a rosa e branco, como um manto suspenso no topo das amendoeiras, contrastando com os diversos tons de verde e castanho que ainda marcam a paisagem nesta altura do ano.

A CP já anunciou que está de regresso ao Douro, por exemplo. Os próximos passeios estão marcados para os sábados, 12 e 19 de março, com partida prevista às 7h05 da Estação de Campanhã e regresso do Pocinho às 20h07. A viagem tem lugar a bordo de comboios especiais com carruagens Schindler 2.ª classe e carruagem bar com 1.ª classe, no percurso Porto Campanhã – Pocinho.

Outra hipótese é pegar no carro e fazer-se à estrada. Para não ter desculpa – o tempo é escasso, agora não dá jeito ver na Net o melhor itinerário e por aí fora –, a sugestão está mesmo aqui à mão de semear! Sem sermos exaustivos, as pistas que se seguem são pontos de partida para quem quiser aprofundar os muitos tesouros nas regiões a percorrer.

De Freixo de Espada à Cinta a Barca d’Alva

A “vila mais manuelina de Portugal”, como é conhecida Freixo de Espada à Cinta, esconde nas suas portas e janelas bastantes tesouros de estilo Manuelino. Mas não só. Se a Torre do Galo, uma torre heptagonal, é exemplar único e um “must see”, o que dizer do freixo de espada à cinta, com mais de 500 anos?

Os 20 km em direção a Barca d’Alva estão repletos de montes e vales, onde campos de oliveiras e amendoeiras em flor se espraiam a perder de vista. Rebanhos de ovelhas dão um toque bucólico à paisagem e a promessa de belas fotografias pode realizar-se praticamente a cada curva.

Em Barca d’Alva, o tempo parece estar suspenso. Em finais de fevereiro, porém, m finais de Fevereiro, a aldeia desperta desse torpor para acolher a “Festa do Almendro”, uma celebração que junta portugueses e espanhóis, e que divulga a gastronomia e o artesanato da região. E o nome do evento não engana, a rainha da festa é mesmo a amêndoa. Se for com tempo, aproveite para explorar  o Parque Natural do Douro Internacional a partir de Barca d’Alva, onde os rios Douro e Águeda se encontram.

De Barca d’Alva a Castelo Rodrigo

Próxima paragem, Figueira de Castelo Rodrigo e a Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo, com um património histórico inestimável e traça medieval. Ao castelo construído em 1209 e muralhas, somam-se as ruínas do palácio de Cristóvão de Moura (1590), o Pelourinho quinhentista, a cisterna medieval e a igreja matriz. Se com tanto passeio a gula bater à porta, passe salão de chá-loja Sabores do Castelo e peça amêndoas, das puras e simples, às revestidas caril, coco, lavanda ou sementes de sésamo. As papilas vão adorar, mas haverá outra memória que também promete ficar gravada: as amendoeiras em flor. À entrada e saída da aldeia.

Desvio por uma boa causa – Foz Côa – antes de rumar a Torre de Moncorvo

Uma visita ao Parque Arqueológico do Vale do Côa, um museu ao ar livre com pinturas rupestres da época do Paleolítico, e ao Museu propriamente dito, implica planeamento e marcação, pois as visitas só decorrem em grupos acompanhados com guias do Museu do Côa ou com agentes autorizados. Nunca se sai defraudado, e estão garantidas viagens no tempo e estímulos vários.

Se a ideia for fazer uma paragem mais rápida, vá até Castelo Melhor e visite o castelo (séc. XII ou XIII), um dos mais antigos de Portugal. Além disso, pode consultar o programa das festas de Foz Côa, a “Capital das Amendoeiras”, que tem uma das Festas da Amendoeira em Flor mais conceituadas da região e que este ano decorre entre 25 de fevereiro e 6 de março.

Em Torre de Moncorvo, nada melhor do que um passeio a pé pelo centro histórico para ter uma ideia do núcleo medieval. Destaque para a Igreja Matriz de Torre de Moncorvo e o chafariz filipino, de 1636, que adorna a praça central, além das casas solarengas espalhadas pela vila. Também não faltam lojas de venda de produtos regionais e de confeção da amêndoa coberta. Uma delícia, aliás!

E aponte já na agenda: nos dias 26 e 27 de fevereiro e 05 e 06 de março, há Mercadinho das Amendoeiras em Flor em Torre de Moncorvo.

Tudo a postos? Bom passeio!

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