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As propostas do Museu do Oriente para entrar no Ano do Tigre

Creem os chineses que este Tigre de água traz determinação, força e flexibilidade. No Museu do Oriente não se prevê o futuro, desafia-se os visitantes a aprender mais sobre as tradições do Ano Novo chinês. Vamos a isso?
28 Janeiro 2022, 17h40

Que tal começarmos por desejar “Feliz Ano Novo” em mandarim – gong xi fa cai – a língua oficial da China, ou no dialeto com maior número de falantes, o cantonês: kong hey fat choi!

Para o povo chinês, o Ano Novo Lunar é o Festival da Primavera, e celebra-se na China continental, Macau e Hong Kong, mas também em grande parte de Taiwan e em todo o Sudeste Asiático, em países com grandes diásporas chinesas, como é o caso de Singapura e Malásia.

Além disso, é uma celebração móvel, pois obedece ao calendário lunar: o novo ano é celebrado sempre na segunda Lua Nova após o solstício de inverno, que este ano ocorre a 1 de fevereiro. A entrada no novo ano celebra-se entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro de 2022, marcando o início e o fim com dois festivais, hoje em dia conhecidos um pouco por todo o mundo: o Festival da Primavera e o Festival das Lanternas.

Cada ano chinês é atribuído a um dos doze animais que, segundo a lenda, acorreram à chamada de Buda. Em 2022, ficará para trás o ano do búfalo e um novo ciclo se inaugura, com o Tigre, que representa força e coragem. Importa ainda ter presente que, para além do animal regente, cada ano sofre igualmente a influência de um dos cinco Elementos – Água, Terra, Fogo, Madeira e Metal. Este ano está associado ao Elemento Água. Prevê-se assim que seja um ano dinâmico, porque o tigre de água, creem os chineses, traz determinação, força, flexibilidade e espontaneidade.

Workshops para miúdos e graúdos: aprender com o Tigre

A lua vai estar em destaque no Museu do Oriente, em Lisboa, com um workshop dirigido aos mais pequenos (3-5 anos). Sábado, 29 de janeiro, vão poder descobrir se “A Lua também amua?”, numa sessão que explora as várias formas da lua e o significado do ano lunar. No domingo, 30 de janeiro, o museu desafia os mais novos a recriar uma tradição milenar, a ornamentação com recortes de papel que se acredita trazerem sorte. Entre muitos outros símbolos, o peixe é obrigatório no Ano Novo chinês, pois simboliza a prosperidade. Mas não podemos revelar mais… A não ser que, também no domingo, poderá ficar a saber mais sobre as relações entre Portugal e o Oriente, desde o século XV até aos nossos dias, através dos objetos em exposição na “Presença Portuguesa na Ásia”, e desvendar a história de “A Ópera Chinesa” através de 280 peças.

Terça-feira, dia 1 de fevereiro, início do ano do Tigre, haverá uma visita orientada temática e gratuita centrada no novo ano lunar. Ocasião para saber mais sobre as tradições associadas a esta celebração na cultura chinesa tradicional e contemporânea, como o facto de o vermelho ser um tom predominante por estes dias. Por um lado, representa prosperidade e felicidade, por outro, é usado em objetos, roupa e decoração por ser considerada uma cor que dá sorte.

A 5 de fevereiro, a oficina “Lai Si – da China para ti!”, para crianças entre os 7 e os 12 anos, fala da tradição da oferta de envelopes vermelhos durante a festa de Ano Novo. É um elemento-chave das festividades e o dinheiro que nele se guarda é considerado dinheiro da sorte para o próximo ano. Além de muitos outros rituais a ele associados.

No dia seguinte, 6 de fevereiro, os mais novos podem descobrir o “Casaco de Dragão”, e no fim de semana de de 12 e 13 de fevereiro poderá aprender a fazer as tradicionais lanternas chinesas, que são lançadas ao céu no 15.º dia do novo ano, correspondente à noite de lua cheia; iniciar-se na caligrafia chinesa ou aprender a reequilibrar as energias de sua casa utilizando os princípios do Feng Shui para 2022.

As propostas do Museu do Oriente para celebrar o Ano do Tigre encerram a 26 de fevereiro com uma oficina para os mais novos, que irão construir máscaras dos animais do zodíaco chinês para responder ao chamamento de Buda.

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