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Assassino de menina de oito anos luso-francesa condenado a prisão perpétua

Nordahl Lelandais foi considerado culpado de raptar Maëlys de Araujo, uma menina com oito anos, de um casamento em agosto de 2017 e de a assassinar. O réu admitiu tê-la matado “voluntariamente” depois de entrar em pânico e ter uma “alucinação”.
  • AFP
18 Fevereiro 2022, 16h00

O julgamento de um ex-soldado e tratador de cães francês, Nordahl Lelandais, acusado de sequestrar e matar uma menina de oito anos, Maëlys de Araujo, em agosto de 2017 terminou esta sexta-feira com a sua condenação a uma pena de prisão perpétua.

De acordo com a “BBC News”, Maëlys foi ao casamento em Pont-de-Beauvoisin, perto dos Alpes franceses, com os pais e a irmã, onde os seus restos mortais foram encontrados. O réu pediu desculpas à família no tribunal.

Entre soluços no início do julgamento de três semanas, disse: “Eu matei Maëlys, não queria matá-la”. Mas, mais tarde, admitiu tê-la matado “voluntariamente” depois de entrar em pânico e ter uma “alucinação” na qual disse ter visto no rosto dela a imagem de Arthur Noyer, um soldado que Lelandais foi condenado por matar em maio de 2021.

Noyer estava a pedir boleia quando Lelandais o apanhou numa noite em abril de 2017. Foi condenado a 20 anos de prisão pelo seu assassinato. Agora, com 39 anos, o procurador-geral pede ao tribunal que o condene à prisão perpétua, com um mínimo de 22 anos de prisão.

O motivo deste assassinato continua por averiguar. O perpetrador repetiu durante o julgamento que não foi sexual, mas essa negação foi rejeitada pelo advogado de acusação, que pediu ao júri que o considerasse “um grande criminoso, um grande predador”, considerando-o um “perigo social absoluto”.

A irmã mais velha de Maëlys instou o acusado a dar respostas sobre as circunstâncias da morte da menina. “Saber o porquê é essencial para mim e para a minha família. Quero saber se violou minha irmã”, perguntou a jovem de 16 anos, falando diretamente com o acusado, que o negou.

O ex-soldado está ainda a ser julgado por agressões sexuais a dois primos, então com quatro e seis anos, durante o verão de 2017.

A “BBC News” recorda que Maëlys foi vista pela última vez na madrugada de 27 de agosto de 2017 no parque infantil da receção do casamento. Após o seu desaparecimento, a polícia interrogou os 180 convidados. Lelandais foi acusado uma semana depois, quando a polícia descobriu ADN de Maëlys no painel do seu carro. O francês inicialmente disse estar inocente, mas quando pequenos vestígios do sangue da criança foram encontrados no porta-bagagens, disse onde o corpo estava escondido.

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