A Associação Discotecas Nacional (ADN) vai ser recebida na manhã desta quarta-feira, 9 de dezembro, pelo secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres.
Em comunicado enviado às redações, José Gouveia, presidente da ADN e líder do movimento “Sobreviver a Pão e Água” informou que “a pedido do Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, irá haver uma reunião às 10:15, no gabinete do Secretário de Estado do Comércio, para discutir medidas de apoio para o setor da animação noturna”. As discotecas estão sem trabalhar há nove meses devido à pandemia da Covid-19.
Recentemente, José Gouveia foi uma das caras que marcou presença na greve de fome, em frente à Assembleia da República, que durou sete dias. A 4 de dezembro o movimento encontrou-se com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina que garantiu ser da vontade do Governo que a greve de fome terminasse. O encontro contou também com a presença do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
Depois do encontro, o chef de cozinha Ljubomir Stanisic explicou que durante a reunião “discutimos várias ideias, várias possibilidades, e ficou acordado que dentro de sete dias, oito dias, na próxima semana, teremos um novo encontro, porque em muitas medidas que foram discutidas em conjunto o próprio Fernando Medina estava de acordo com uma parte dela. A outra parte sabemos os três que, praticamente, é impossível chegar a soluções para todos, por isso, aguardamos a próxima reunião”, segundo a agência Lusa.
Já em comunicado, a que o Jornal Económico teve acesso o movimento sobreviver a Pão e Água avisou que não vai hesitar em regressar à greve de fome “caso as medidas não sejam cumpridas”. “E desta vez não seremos apenas nove, mas sim mais de uma centena de pessoas que já se predispuseram a acampar em frente à assembleia e por todo o país até que sejam apresentadas medidas reais de ajuda aos sectores”, alertam.
Em entrevista ao JE a 30 de novembro, quando ainda decorria a greve de fome, José Gouveia frisou que uma das medidas que ajudaria os setores em protesto, da restauração e animação noturna, seria a “tributação reduzida pela metade , seja através do IVA, da TSU, do IRC, de qualquer imposto”. “Se o Estado não pode pagar também não pode cobrar, se o Estado entende que está falido olhe para as empresas”.
José Gouveia também acredita que as pequenas e médias empresas precisam ser “recapitalizadas a fundo perdido”. “Não precisamos de mais moratórias porque isso vai cair em cima das empresas como um tsunami mais tarde”, assegura.
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