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Associação de Produtores da Banana da Madeira diz que Governo Regional “escraviza” o sector

“O governo diz que paga a ‘tempo e a horas’, mas não diz que é após mês e meio do corte da banana e que está a roubar 0,30 euros/Kg de banana desde a sua constituição”, acusa a ABAMA.
18 Julho 2022, 12h12

A Associação de Organizações de Produtores da Banana da Região Autónoma da Madeira, ou ABAMA, mostrou preocupação pela conduta do Governo Regional da Madeira em relação à banana, afirmando que o executivo regional está a “rebentar e escravizar” o sector.

A associação critica a forma como o Governo Regional criou a empresa pública GESBA, informando ainda que o valor pago ao produtor de banana por categoria é inferior em média 0,30 euros/kg em relação ao ano 2005, e que o custo de produção aumenta todos os anos (adubos, água de rega, gasóleo, mão-de-obra, segurança social, entre outros custos).

“O governo diz que paga a ‘tempo e a horas’, mas não diz que é após mês e meio do corte da banana e que está a roubar 0,30 euros/Kg de banana desde a sua constituição”, acusa a ABAMA.

A associação critica ainda o facto da banana ser enviada para a Meia-Serra, “deixando-a apodrecer em cima da terra com mais de 6/7 semanas no verão, prejudicando o agricultor que não recebe dinheiro pelo seu trabalho e o consumidor final que fica impedido de conseguir um preço mais acessível”, explica, acrescentando que “só quem não trabalha com suor, pode ficar indiferente a este desperdício”.

“A ABAMA pede respeito pelo sofrimento dos agricultores ‘sem voz’, ‘acorrentados’ ao monopólio único em todo o espaço Europeu permitindo a comercialização de produtos agrícolas por uma empresa pública, e, não por uma organização ou agrupamento de agricultores”, exprime a associação, acrescentando que a GESBA “explora mais os bananicultores do que os ‘senhorios’ exploravam os ‘caseiros’ no tempo da ditadura.

 

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