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Associação dNovo quer triplicar emprego para os mais de 50 anos

Em 2022, ano de arranque do projeto, a associação conseguiu acompanhar 176 profissionais qualificados com mais de 50 anos, em situação de desemprego, na transição para um novo projeto profissional, dos quais 23% já regressaram ao mercado de trabalho.
18 Maio 2023, 20h33

A Associação dNovo, que se dedica a promover a empregabilidade de profissionais qualificados com mais de 50 anos, conta com a Semapa, o Banco Santander e com a EDP como fundadoras numa organização que conta com diversos parceiros institucionais, promotores e afiliados.

Na apresentação dos resultados da sua atividades, a Associação dNovo revela que quer triplicar apoio aos profissionais com mais de 50 anos no regresso ao mercado de trabalho até 2025. Em comunicado a organização diz que “até 2025, a dNovo pretende triplicar o número de pessoas com mais de 50 anos, com elevada qualificação e experiência profissional, em situação de desemprego, apoiadas pela associação. O objetivo é promover o seu regresso ao mercado de trabalho, promovendo o aproveitamento de competências seniores nas empresas”.

Os resultados foram apresentados, num evento que contou com a presença do Secretário Estado do Trabalho, Miguel Fontes, no Campus de Carcavelos da Nova SBE, no Auditório Auditório João Talone (edifício D).

“Num ano de arranque do seu projeto de talento e empregabilidade sénior qualificada, a dNovo demonstrou o seu importante papel na promoção da atividade de profissionais com 50 ou mais anos, contribuindo para que, dos 176 apoiados, 40 pessoas regressassem ao mercado de trabalho”, refere a instituição.

Em 2022, ano de arranque do projeto, a associação conseguiu acompanhar 176 profissionais qualificados, em situação de desemprego, na transição para um novo projeto profissional, dos quais 23% já regressaram ao mercado de trabalho.

O fenómeno de envelhecimento também se verifica na população com formação superior, segmento em que a população em idade laboral, entre os 45 e 64 anos, aumentou mais de 72% ultrapassando as 563.000 pessoas, entre 2011 e 2021. Destas, cerca de 83 mil, entre os 45 e os 64 anos de idade, estavam sem trabalho (77% optaram por sair da população ativa, desistindo de procurar qualquer tipo de trabalho). As restantes 23% (19 000 pessoas) estão no desemprego, um crescimento de 78% entre 2011 e 2021.

A Associação diz que pretende acelerar o crescimento do projeto e aumentar o número de profissionais apoiados, bem como de empresas parceiras e mentores.

“O desemprego sénior qualificado é um fator generalizado de preocupação, não só pelo impacto social que tem nas pessoas afetadas, mas também pelo desperdício de recursos humanos qualificados e de talento desaproveitado. A exclusão deste segmento na atividade laboral representa custos elevadíssimos para o nosso país, um cenário que a dNovo quer ajudar a inverter, valorizando o seu conhecimento e experiências e, ao mesmo tempo, sensibilizando o mercado para o valor destes profissionais”, salienta na nota João Castello Branco, Presidente do Conselho de Administração da dNovo.

“Neste primeiro ano piloto, a dNovo contou com a colaboração de mais de 80 mentores voluntários, com uma vasta e reconhecida trajetória profissional, que se revelaram uma importante mais-valia na orientação de carreira e tomada de decisão por parte dos profissionais apoiados”, refere a associação que acrescenta que “para além do efeito direto nos profissionais apoiados, a intervenção a que a dNovo se propõe tem um impacto direto na economia, nomeadamente pelo aproveitamento de competências seniores nas empresas, colmatando a falta de talento em algumas áreas, e com largos benefícios para a Sociedade”.

Assim, já em 2023, a associação tem como meta acelerar o crescimento do projeto, duplicando o número de profissionais apoiados e aumentando a percentagem dos que regressam ao mercado de trabalho.

Para alcançar este objetivo, será imprescindível uma maior participação do tecido empresarial, pelo que a Associação está a desenvolver um novo modelo de envolvimento de empresas, particularmente PMEs.

Os primeiros resultados do projeto de empregabilidade sénior da dNovo foram apresentados num evento no Campus de Carcavelos da Nova SBE, no dia 18 de maio. A iniciativa acolheu ainda o debate sobre a importância da empregabilidade sénior qualificada para o desenvolvimento de Portugal, o segundo país mais envelhecido da União Europeia, com cerca de 52% da população acima dos 45 anos (versus 49% para Europa), e onde a percentagem de desempregados e inativos tem vindo a crescer.

A dNovo iniciou o seu projeto em 2019 com a missão de ajudar estes profissionais a reintegrar-se no mercado de trabalho e as empresas a valorizar as suas valências.

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