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Associação dos centros comerciais está a elaborar plano de retoma para o sector do retalho

A APCC relata perdas de 600 milhões de euros em ajudas aos lojistas e o fecho de 200 lojas nos espaços geridos pela associação em 2020, alertando que esse número pode subir no presente ano.
16 Março 2021, 16h05

Para fazer face às dificuldades sentidas no comércio integrado devido aos constrangimentos provocados pela pandemia de Covid-19, a APCC – Associação Portuguesa de Centros Comerciais está a trabalhar num ‘Plano de Retoma do Retalho’.

“A APCC apela ao contributo das entidades governamentais e dos vários intervenientes do sector para a elaboração de um trabalho conjunto”, sublinha um comunicado da associação, revelando que os respetivos associados nomearam Rodrigo Moita de Deus como CEO da organização que irá elaborar o plano de retoma.

De acordo com o referido comunicado, a APCC “está a trabalhar num Plano de Retoma do Retalho para responder às necessidades que o comércio integrado está a sentir no âmbito das medidas de combate à pandemia”.

“Para a APCC, é fundamental a contribuição de todos os intervenientes com responsabilidades no sector e do Governo para que este Plano encontre soluções e apoios para todo o comércio de forma integrada”, defende o documento em questão.

A APCC adianta que “vai iniciar um conjunto de reuniões de trabalho com todos os representantes do sector para construir uma resposta à crise que agregue os vários contributos e permita a recuperação do retalho em lojas físicas em Portugal, no período de pós-confinamento”.

“Num momento em que, devido à impossibilidade de ter as lojas abertas, se está a assistir ao aumento exponencial do comércio ‘online’ promovido por grandes multinacionais sediadas fora do território nacional, este plano será um apelo à mobilização conjunta do sector para defender o retalho em lojas físicas em Portugal”, assinalam os responsáveis da APCC, destacando que “este plano assume especial importância numa altura em que os associados da APCC registaram perdas superiores a 600 milhões de euros nas ajudas dadas aos lojistas”.

A APCC informa também que em 2020 fecharam cerca de 200 lojas nos espaços de comércio integrado representados pela associação. “Este foi o número mais alto alguma vez verificado num só ano, superior mesmo ao que se verificou nos anos da intervenção da ‘troika’. Sendo expectável que este número suba em 2021”, alerta a associação.

A APCC é uma associação de âmbito nacional que congrega empresas investidoras, promotoras e gestoras de centros comerciais, para além de empresas de comércio a retalho e fornecedores de serviços ao sector. Atualmente, conta com 93 conjuntos comerciais, que integram 8.600 lojas.

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