Senegal e Egipto disputaram entre si um playoff de acesso ao Campeonato do Mundo. Uma eliminatória decidida nos penáltis, com vitória dos senegaleses e que terminou com momentos de enorme polémica, que levaram a acusações da Federação egípcia aos adeptos senegaleses após o fim do jogo.

Os faraós, treinados pelo português Carlos Queiroz, venceram a primeira mão, no Cairo, por 1-0. Seguiu-se a segunda partida, jogada em Dakar, capital do Senegal. A equipa da casa venceu pelo mesmo resultado e empatou a eliminatória, antes de o prolongamento terminar sem golos. O vencedor saiu da decisão através dos pontapés da marca de grande penalidade e foi a partir daqui que a polémica estalou.

É que, quando Mohamed Salah se preparava para bater o penálti, foi visado por múltiplos lasers apontados das bancadas à face do jogador do Liverpool, que acabou por desperdiçar a oportunidade de colocar o Egito em vantagem.

 

O Senegal ganhou o jogo, depois de vencer por 3-1 nas grandes penalidades. Ainda assim, mesmo após o apito final, os senegaleses continuaram a visar Salah. A saída de campo do “camisola 10” egípcio foi atribulada, com escolta de seguranças. Isto porque das bancadas voavam objetos na direção do jogador de 29 anos.

 

“A seleção nacional do Egito esteve exposta a racismo, com comportamento ofensivo nas bancadas contra os jogadores egípcios em geral e Mohamed Salah em particular”, reitera em comunicado a Federação Futebol do Egito.

“O público também intimidou os jogadores ao atirar-lhes garrafas e pedras durante o aquecimento. Os autocarros da comitiva do Egito estiveram expostos a ataques, que levaram a janelas partidas e ferimentos”, sublinha a Federação egípcia, que garante ter “fotografias e vídeos como prova da queixa submetida.”

Não se sabe ainda se a Federação egípcia vai ou não recorrer do resultado do jogo. Caso nada se altere, o Senegal vai estar presente no Mundial do Qatar, a ser realizado em novembro e dezembro, enquanto o Egito vai ficar de fora.