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Ataques de piratas informáticos na Europa demoram em média 1 ano e três meses a serem detetados

A Europa é o principal alvo dos ataques cibernéticos em todo o mundo. Entre janeiro a setembro de 2016, 19% das deteções de ‘malware’ ocorreram na Alemanha, 16% na Bélgica e 12% em Espanha e no Reino Unido.
10 Abril 2017, 14h37

São precisos em média 469 dias, cerca de 1 ano e três meses, para ser detetado um ataque cibernético. A conclusão é do mais recente relatório da corretora de seguros Marsh, feito em parceria com a empresa de segurança online FireEye, que dá conta de que a Europa é o principal alvo dos ataques cibernéticos em todo o mundo e que, em média, comparando com a média global, é preciso o triplo do tempo para detetar e a combater a cibercriminalidade.

Se a sua empresa está a ser alvo de um ataque cibernético neste preciso momento, o mais provável é que só venha a saber daqui a mais de um ano. O relatório “Ameaças cibernéticas: A tempestade perfeita para atingir a Europa?” mostra os ataques cibernéticos a infraestruturas críticas, a partidos políticos e até mesmo a sistemas eleitorais estão-se a tornar cada vez mais frequentes na Europa.

Entre janeiro a setembro de 2016, 19% das deteções de malware feitas a nível mundial ocorreram na Alemanha, 16% na Bélgica e 12% em Espanha e no Reino Unido.

Enquanto a nível mundial são precisos apenas quatro meses para se detetar um malware, o tempo médio na Europa é relativamente mais longo o que, devido ao importante posicionamento geopolítico e ao seu peso económico, faz dela o palco predileto para a atuação dos piratas informáticos.

Durante o ano passado dispararam os ataques de extorsão cibernéticos – ransomware – e, em termos gerais, cerca de 40% dos dados obtidos através de ataques cibernéticos na Europa estavam relacionados com os sistemas de controlo industrial das empresas, projetos ou segredos comerciais.

O relatório mostra que o envio de um simples e-mail fraudulento, a imitar comunicações corporativas, permitiu aos piratas informáticos somar o ano passado mais de 100 milhões de euros desviados a um banco belga e a um fabricante austríaco de peças de aviões.

Em Portugal, apesar de 53% das empresas terem identificado que um cenário de perda cibernética pode afetá-las diretamente, 55% afirmou não ter estimado o respetivo impacto financeiro.

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