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Até onde chegam as mulheres da tecnologia? Ao palco central da Web Summit

São estrelas em ascensão nos setores em que operam: Daniela Braga e Michelle Zatlyn pisaram o palco principal da Web Summit para demonstrar até onde as mulheres empreendedoras podem chegar.
  • /Web Summit
4 Novembro 2019, 19h54

Numa conversa entre três mulheres, Filomena Cautela foi a escolhida para moderar. A apresentadora da televisão pública falou com Daniela Braga, diretora-executiva da DefinedCrowd, e Michelle Zatlyn, diretora de operações da Cloudflare, empresa de cibersegurança norte-americana, para mostrar como o empreendedorismo se pode jogar no feminino.

“Posso afirmar que tenho à minha frente as duas multimilionárias selfmade do seu respetivo país”, iniciou Cautela. Apesar de sustentarem que ainda falta algum tempo e, consequentemente, dinheiro, Daniela e Michelle são duas mulheres de destaque no mundo das tecnologias.

A diretora de operações da Cloudflare, que abriu um escritório em Lisboa, afirma que a capital portuguesa não era a cidade onde se queria fixar, mas foi conquistada devido às qualidades da capital onde se fixou a Web Summit.

“Devido à atenção que tem ganho, o turismo, as excelentes universidades, o ótimo tempo, e acima de tudo o talento que existe no país”, fez com que Lisboa fosse a nova base da empresa de cibersegurança. “A boa qualidade de vida também nos influenciara a escolher Lisboa como o próximo destino”, sublinhou Michelle Zatlyn.

A apresentadora e moderadora afirmou que a Cloudflare surgiu na imprensa internacional, como uma empresa a ter em atenção. Atualmente, a empresa de cibersegurança gere dois milhões de propriedades,

Daniela Braga, também destacada num universo predominantemente masculino, sustentou que a empresa veio para Portugal “porque sou portuguesa”, embora tenha noção “do talento incrível” existente no país em que nasceu e cresceu, antes de emigrar para Seattle.

Desde o início que Daniela é uma mulher a ter em conta no setor, mas está habituada a que assim seja desde os seus 22 anos. “A minha empresa tem 42% de mulheres e não estamos a fazê-lo de propósito”, garante a empresário no dia em que se assinala o Dia Europeu da Igualdade Salarial.

“Nos cinco escritórios em que temos, as pessoas vão trabalhar porque sentem que conseguem ser quem são e que o céu é o limite”, sublinha a diretora-executiva da DefinedCrowd.

Dos conselhos que as empresárias deram às startups presentes no palco central da Web Summit, destacam-se dois: “escolher os investidores com sensatez”, dito por Daniela Braga e que “ninguém sabe o que faz”, sendo que não existe nada errado em falhar, e que “se vai aprendendo”.

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