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Atentados de Barcelona: Um suspeito sai em liberdade e outros dois ficam detidos

Apesar de a Procuradoria-Geral espanhola ter pedido pena de prisão para os quatro, o juiz da Audiência Nacional decidiu que Mohamed Aalla fica em liberdade condicional.
  • Sergio Perez/Reuters
23 Agosto 2017, 11h14

Dois dos quatro detidos pelas autoridades espanholas por alegado envolvimento no duplo atentado na Catalunha vão ficar em prisão preventiva. Apesar de a Procuradoria-Geral espanhola ter pedido pena de prisão para os quatro, o juiz da Audiência Nacional decidiu que Mohamed Aalla fica em liberdade condicional e Sahl El Karib fica ainda sob custódia policial por mais 72 horas.

Os quatro indivíduos – Mohamed Houli Chemlal, Driss Oukabir, Mohamed Aalla e Sahl El Karib – foram presentes a um tribunal superior espanhol que julga delitos de maior gravidade, depois de terem sido identificados como os autores dos ataques que abalaram o sul de Espanha na passada quinta-feira.

O juiz Fernando Andreu decidiu aplicar como medidas de coação a detenção sem fiança a Mohammed Houli Chemlal, de 21 anos, e a Driss Oukabir, de 27. Mohammed Houli Chemlal terá ficado ferido na explosão da casa de Alcanar, onde a célula jihadista preparava explosivos, e Driss Oukabir terá sido o responsável pelo aluguer da carrinha usada para atropelar mais de uma centena de pessoas nas Ramblas de Barcelona.

Já Mohamed Aalla, irmão de Sadi Aallaa (abatido a tiro pela polícia catalã em Cambrils, onde ocorreu o segundo atentado), ficará em liberdade condicional, depois de o juiz ter dado como provado que “os indícios existentes sobre a sua presumível colaboração com o grupo investigado não são suficientemente sólidos”. Salah El-Karib, de 34 anos, fica detido para prestar novos esclarecimentos sobre o seu envolvimento nos ataques em Espanha.

Quinze pessoas morreram na sequência dos dois ataques terroristas na região da Catalunha: em Barcelona, na quinta-feira, e em Cambrils, na madrugada de sexta-feira. Três horas antes do atentado em Cambrils, os suspeitos terão comprado facas e um machado e Mohamed Houli Chemlal confessou que a ideia inicial era atacar a Basílica da Sagrada Família e perpetrar um ataque de maiores dimensões no país.

Uma semana antes dos atentados, os suspeitos “fizeram uma viagem extremamente rápida a Paris”, afirmou esta terça-feira o ministro do Interior francês, Gerard Collomb, e terão sido apanhados por um radar por circularem com excesso de velocidade.

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