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Atividade manufatureira da China volta a crescer após levantamento de bloqueios

De acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) do país asiático, o índice mensal de gestores de compras subiu para 50,2 pontos, face a 49,6 em maio. Neste indicador, uma marca acima dos 50 pontos implica expansão e abaixo contração.
30 Junho 2022, 07h26

A atividade manufatureira da China voltou a crescer, em junho, depois de três meses consecutivos em contração, devido às medidas de prevenção epidémica impostas em Xangai e outros centros industriais, indicam dados oficiais hoje divulgados.

De acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) do país asiático, o índice mensal de gestores de compras subiu para 50,2 pontos, face a 49,6 em maio. Neste indicador, uma marca acima dos 50 pontos implica expansão e abaixo contração.

O emprego e as novas encomendas voltaram a contrair em maio, mas a um ritmo mais lento.

O GNE publicou também o PMI do setor não transformador, que mede a atividade em setores como a construção ou serviços. Este índice passou dos 47,8 pontos, em maio, para 54,7 em junho.

O subíndice que mede a atividade da construção fixou-se nos 56,6 pontos, e o dos serviços em 54,3.

Os analistas disseram esperar que o crescimento da economia chinesa durante o segundo trimestre se fixe em cerca de 0, depois de Xangai e outros centros industriais terem sofrido medidas de confinamento, parciais ou totais, para conter surtos da covid-19.

Fábricas, escritórios e lojas foram autorizados a reabrir, mas economistas indicaram que pode levar meses para que a atividade volte ao normal.

Os dados mais recentes indicam que a “recuperação total levará algum tempo”, disse Iris Pang, da empresa holandesa de serviços financeiros ING, num relatório.

Para a consultora Capital Economics, embora a atividade económica, sobretudo no setor dos serviços, esteja a recuperar de forma muito mais rápida do que em 2020, vai ser difícil manter esta tendência, devido a fatores como a debilidade no mercado de trabalho, que se traduz numa maior fragilidade das finanças das famílias e da confiança do consumidor.

A economia chinesa também não terá este ano os mesmos impulsionadores que teve em 2020, quando as políticas de estímulo e o forte aumento das exportações relacionadas com a pandemia ajudaram o país asiático a recuperar rapidamente das medidas de bloqueio impostas no primeiro trimestre do ano.

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