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Aulas de ioga e cursos de fotografia. O que leva as empresas a investir na satisfação dos colaboradores?

Margarida Pena, Diretora de Recursos Humanos e Logística da Cofidis explica o porquê de cada vez mais empresas investirem nos trabalhadores através de atividades e programas direccionados.
20 Julho 2018, 10h32

As start up destacam-se pelas condições que oferecem aos seus trabalhadores e a mudança parece ter contagiado várias empresas já estabelecidas que procuram implementar políticas que permitam um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos seus funcionários.

Margarida Pena, Diretora de Recursos Humanos e Logística da Cofidis explica o porquê desta opção de investimento da parte das empresas.

A Cofidis foi distinguida pela terceira vez consecutiva como uma das melhores empresas para se trabalhar na categoria de mais de 250 trabalhadores. Quais são os fatores de distinção para com outras empresas?

A nossa vantagem competitiva, sobretudo em termos humanos é justamente a nossa missão e visão bem claras e ambas partilhadas por todos os colaboradores. Toda a gestão que fazemos internamente por objetivos é coerente com esta estratégia.

Gerimos os colaboradores por objetivos, sejam individuais, de empresa ou de equipa e ainda objetivos de pessoas para pessoas o que é bastante inovador.

Quando se fala em objetivos de pessoas para pessoas é justamente o desenvolvimento das relações de proximidade, relações vivas, seja com os clientes seja com os colaboradores, o que faz toda a diferença na forma como nos relacionamos internamente.

Que atividades praticam que proporcionam bem-estar aos trabalhadores?

Temos políticas muito diversas todas com o mesmo objetivo – de pessoas para pessoas, interna e externamente.

Destaco aqui o projeto em curso já há dois anos – um programa transversal que se chama ‘Estou em forma comigo e com o trabalho’. O programa tem três grandes vertentes: a primeiro é ‘trabalho melhor’, a segunda é ‘facilito a minha vida’ e a terceira é ‘sinto-me bem’.

‘Trabalho melhor’ é trabalhar com mais ferramentas – cerca de 60% dos colaboradores tem um portátil para facilitar a flexibilidade do trabalho – e também em termos de distribuição do trabalho.

O eixo ‘Facilito a minha vida’ são inúmeras atividades que normalmente os colaboradores têm de fazer fora do local de trabalho – temos uma academia, uma escola de artes onde proporcionamos gratuitamente cursos de pintura, teatro, fotografia, ioga e até uma banda de rock Cofidis.

Ainda no eixo ‘Facilito a minha vida’ recebemos os filhos dos colaboradores na altura das férias, tanto crianças para atividades em ATL como estagiários pré-universitários.

Por último, ‘Sentir-me bem’, em que importa referir o consultório com atividades ligadas à saúde com consultas médicas gratuitas de medicina geral e de nutrição.

Acrescentam-se palestras, sessões de esclarecimento, apoios ao desporto – com financiamento da subscrição do ginásio e modalidades desportivas.

O eixo ‘Sentir-me bem’ estende-se à comunidade com um programa de responsabilidade social muito forte, próximo da comunidade e do ambiente.

O que leva a empresa a investir em tais condições para os trabalhadores?

Esta escolha é uma escolha natural porque para se trabalhar bem, produzir bem e ter bons resultados é obviamente ligado à satisfação dos colaboradores. É impossível ter colaboradores produtivos, felizes, se não investirmos na sua satisfação.

Eu só consigo fazer os meus clientes felizes, proporcionar-lhes de facto satisfação grande se eu estiver bem e perceber as suas necessidades. Não é por acaso que os colaboradores da empresa participam nas campanhas de publicidade justamente para existir esta simbiose entre pessoas, clientes e colaboradores.

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