Aumento das interligações energéticas pode poupar 40 mil milhões por ano

O ministro da Energia apela a que Bruxelas faça “a sua parte” para reduzir os custos energéticos em Portugal e Espanha, admitindo uma poupança anual de 40 mil milhões de euros caso as interligações energéticas aumentem 15%. “Se tivermos 15% de interligações, que é o objetivo para 2030, teremos reduções de custo anuais de 40 […]

O ministro da Energia apela a que Bruxelas faça “a sua parte” para reduzir os custos energéticos em Portugal e Espanha, admitindo uma poupança anual de 40 mil milhões de euros caso as interligações energéticas aumentem 15%.

“Se tivermos 15% de interligações, que é o objetivo para 2030, teremos reduções de custo anuais de 40 mil milhões de euros no setor energético. Isso é bom para a economia europeia, para a economia ibérica e importante em termos de segurança energética”, afirmou Jorge Moreira da Silva.

O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia falava no final de uma reunião com o ministro espanhol da Indústria, Energia e Turismo, José Manuel Soria, que serviu para debater as interligações energéticas entre a Península Ibérica e o resto da Europa, que têm como objetivo quebrar o isolamento dos dois países em termos de transporte de energia e reduzir custos.

O ministro português da energia disse ainda que com “um verdadeiro mercado único de energias renováveis” pode existir “um benefício adicional de 30.000 milhões de euros” na redução de custos anuais.

“Portugal e Espanha têm feito a sua parte, cumprindo metas de energias renováveis, cumprindo metas de dióxido de carbono, mas é necessário que a União Europeia faça a sua parte para baixar os custos de energia em Portugal e Espanha. Não é possível ir tão longe quanto deveríamos na redução de custos se a política energética da União Europeia termina nos Pirenéus”, afirmou Jorge Moreira da Silva.

Para os dois países, disse o ministro português, “é necessário que todos façam a sua responsabilidade: que os países identifiquem os projetos concretos e que a Comissão Europeia monitorize o nível de implementação desses projetos e identifique fontes de financiamento suficientes para que esses projetos sejam concretizados”.

 

OJE/Lusa

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