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Aumento das portagens: Viagem entre Lisboa e Porto pode custar mais 40 cêntimos

A evolução da taxa de inflação ao longo deste ano já permite antecipar o que podem esperar os automobilistas a partir de dia 1 de janeiro. Veja alguns dos exemplos de mexidas que podem vir a acontecer.
14 Novembro 2017, 11h28

O valor cobrado pelas concessionárias em alguns troços das autoestradas deve sofrer uma nova mexida no próximo ano, depois de ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE) ter revelado que o Índice de Preços do Consumidor (IPC) se manteve nos 1,4% em outubro. As concessionárias admitem que esta mexida possa vir a afetar cerca de um terço das autoestradas, avança o jornal ‘Diário de Notícias’.

A evolução da taxa de inflação ao longo deste ano já permite antecipar o que podem esperar os automobilistas a partir de dia 1 de janeiro. Os preços pagos nos pórticos das portagens devem aumentar cerca de 1,42%, de acordo com o mecanismo de arredondamento que permite determinar as atualizações dos valores cobrados e tendo em conta a taxa de inflação homóloga sem habitação registado em outubro.

Quer isto dizer que uma viagem de Lisboa ao Porto pelo autoestrada A1 vai passar a custar mais 40 cêntimos, ficando a despesa total dos automobilistas em 21,85 euros. Viajar de Lisboa a Faro vai também ficar mais caro. O percurso vai ficar 35 cêntimos mais caro e o valor total a pagar às concessionárias vai ascender aos 20,80 euros.

O mesmo vai acontecer com o trajeto da A3, que liga Porto a Braga, e que vai ficar cinco cêntimos mais caro, totalizando os 2,75 euros. Já o A5 que Lisboa a Cascais vai também mais caro cinco cêntimos, para 2,15 euros. A portagem na Ponte Vasco da Gama pode também vir a subir 5 a 10 cêntimos. As mudanças apenas serão aplicadas a determinado troço e classe de veículo se, depois da aplicação da fórmula, esta resultar numa subida superior a 2,45 cêntimos.

Em anos em que a inflação é muito baixa, a maioria dos preços acabam por não se alterar. Foi o que aconteceu o ano passado, em que os 0,84% de taxa de inflação registada em outubro de 2015 apenas conduziram a mudanças em 19 das 93 taxas geridas pela Brisa e 95 das 500 tarifas de portagem das Infraestruturas de Portugal.

As concessionárias têm agora até ao dia 15 de novembro para fazer chegar a sua proposta de aumento dos preços cobrados aos utilizadores ao Governo e ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes, que regula o setor.

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