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Aumento de casos de Covid na Europa continental ameaça planos de férias de verão dos britânicos

Se se confirmarem estes receios, a região turística do Algarve poderá ser novamente prejudicada, agravando ainda mais as quebras de receitas entre 80% e 90% que sofreu desde o início da pandemia.
20 Março 2021, 18h01

Diversos especialistas contactados pelo ‘The Guardian’ consideram “extremamente improvável” que seja possível aos britânicos realizarem férias de verão fora de portas nos próximos meses, devido ao aumento de casos de infetados com Covid-19 que está a ocorrer nas últimas semanas um pouco por toda a Europa, o que coloca igualmente em risco os planos do governo de Boris Johnson para o desconfinamento.

Um dos destinos preferenciais para os britânicos passarem férias é o Algarve, região que sofreu quebras de receitas no sector turístico entre 80 e 90% desde que a pandemia se iniciou há cerca de um ano.

Desde que no início desta semana foi anunciado que o plano de desconfinamento britânico previa que os turistas britânicos pudessem regressar a Portugal, as reservas no Algarve por parte dos cidadãos deste país dispararam, nalguns casos em cerca de 600%, embora o nível de partida seja irrisório.

Entre os piores casos de evolução da pandemia no Velho Continente, contam-se a Itália e a cidade de Paris, em França, com a quase duplicação do número de contágios e a entrada em novo confinamento por quase um mês, respetivamente.

Andrew Hayward, professor de doenças infecciosas na University College London e membro do Scientific Advisory Group for Emergencies (Sage) considera, em declarações ao ‘The Guardian’, que os surtos recentes de Covid-19 na União Europeia demonstraram que “existe um potencial de os casos dispararem” no Reino Unido, avisando que o governo britânico precisa de ser cauteloso na abertura das medidas de confinamento.

Segundo este especialista, as taxas crescentes de contágio da pandemia no continente europeu podem demorar meses, classificando como “muito preocupante” a possibilidade de se assistir a uma terceira vaga do vírus enquanto as taxas de vacinação são ainda relativamente baixas.

 

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