Austrália investiga más práticas no setor financeiro
Anunciada em novembro passado, depois de meses de pressão por parte do Partido Trabalhista e do Partido Verde, ambos na oposição, a comissão funcionará durante um ano, tendo sido dotada com um orçamento superior a 65 milhões de euros.
O primeiro-ministro Malcolm Turnbull começou por se opor à criação da comissão, mas acabou por ceder perante a pressão da opinião pública.
As primeiras investigações da comissão serão centradas em alegadas práticas inadequadas em empréstimos para compra de casas, veículos ou cartões de crédito, entre outros casos.
Numa declaração publicada na sua página na Internet, a comissão esclarece que “não pode resolver disputas individuais”, adiantando que entre as suas competências não está o poder de decretar indemnizações a eventuais lesados.
“Eu entendo plenamente que todos os afetados por más práticas queiram que as suas queixas sejam reconhecidas e consideradas e que os perpetradores respondam por esses atos”, disse Kenneth Hayne, o comissário que dirige as investigações, adiantando que, no entanto, não haverá tempo para examinar disputas individuais.
As principais queixas contra os bancos australianos estão ligadas à manipulação das taxas de juros e à exploração de clientes através de empréstimos ou consultoria de investimento financeiro.
