Convém questionarmo-nos se a solução que vier a ser encontrada para o conflito será melhor para Kiev do que aquela possível de obter em 2022. Seguramente que não.
Não deixa de surpreender quem no passado defendeu as intervenções humanitárias no Kosovo e na Líbia, não comparáveis ao que se está a passar na Palestina, esteja agora silencioso e, nalguns casos, até contemporizador com o comportamento de Telavive.
Apesar de alguns alimentarem a ilusão da reversão dos acontecimentos na Ucrânia, os decisores sabem que a possibilidade de isso acontecer é extremamente remota.
A incapacidade de o governo preservar a unidade e a coesão entre os líderes militares e civis será fatal para a Ucrânia. Atenta a estes desenvolvimentos, Moscovo prepara-se para tirar vantagens.