Chegamos à segunda década do século XXI com margem para a afirmação dos partidos de direita populista e oportunista, que espreitam o momento para ganhar espaço. O Parlamento Europeu poderá mudar radicalmente a sua feição neste verão.
Instituições como os BRICS, recentemente alargados, e o G20 ganham novas proporções e podem mesmo desafiar os equilíbrios estabelecidos ao longo de décadas.
O centenário da ligação aérea Portugal/Macau, os 50 anos da Revolução do 25 de Abril e os 25 anos da retrocessão de Macau para a administração chinesa são datas através das quais também se conta a história de Portugal e da sua relação com o mundo.
Neste tempo de voracidade, é urgente voltar ao início e reconhecer que, embora o mundo digital nos ajude e assombre, nascemos analógicos, seres irremediavelmente ligados ao mundo que nos circunda e à realidade em que nos inserimos.
A integração da Região Administrativa Especial de Macau na Grande Baía proporciona a Portugal, e aos países de língua portuguesa, a possibilidade de interação direta com esse espaço. Para tal, o papel do Fórum de Macau é fundamental.
Faz falta voltar à história, ao começo de tudo, à raiz do problema. Voltar à história não tem de ser obrigatoriamente pegar num ensaio histórico ou numa investigação histórica, embora em muitos dos casos, também valha a pena.