O Ocidente está em perda lenta e cada vez tem mais dificuldades em trabalhar com os países do Sul Global. A UE, com as suas divisões internas, com relevo para a energia, não ganha peso específico.
Apesar de diferenças profundas e até de alinhamentos internacionais distantes, foi possível um consenso que poderá proporcionar aos BRICS uma viragem na dinâmica de mudança a nível global.
O caminho parece ser um alargamento equilibrado que reforce qualitativamente o seu peso no Mundo, no sentido de construir a Nova Ordem Internacional que promova uma participação mais equitativa.
Não é com burocracia, desentendimentos, sobretudo subterrâneos, como na energia em que se reconhece a nuclear como limpa e depois se boicota a legislação, que a UE avança.
O salão automóvel de Xangai foi um autêntico choque para os construtores ocidentais. Permitiu-lhes o contacto com o seu atraso tecnológico face à China, neste domínio.
Na ocupação do mercado mundial, a China vai defrontar-se com vários outros problemas, nomeadamente o da certificação europeia e norte-americana. Mas poderá conquistar fatias de mercado no Sul Global, onde aquela não é exigida.