Já se sabe que, pelo menos um dos 27 governos da UE se irá opor ao plano de recuperação financeira, o que comprometerá irremediavelmente a viabilidade do projeto apresentado.

A forma mais provável de a UE poder vir a pagar o empréstimo que vai contrair para distribuir pelos Estados-membros necessitados, irá abrir a porta à criação de verdadeiros de impostos europeus.

Na Europa da União não houve uma estratégia de conjunto sobre a melhor maneira de enfrentar o vírus, antes houve 27 estratégias diferentes, nacionais, não raro contraditórias entre si.

Não estaremos longe do clima de uma nova guerra-fria, de pendor predominantemente económico, onde não faltarão as ameaças e as provocações sino-americanas.

O caminho passa por refrear a pura teologia do mercado que caracteriza o liberalismo extremo dos nossos dias, introduzindo-lhe uma inevitável e indispensável dimensão social.

Nos últimos dias a Europa defrontou-se com a iminência de ter de voltar a lidar com uma nova onda de refugiados, replicando o sucedido há cerca de 5 anos, e que gerou uma situação ainda longe de completamente resolvida ou absorvida. Uma das formas na altura encontrada para tentar resolver o desafio da imensa movimentação […]