Na última década e meia a China investiu fortemente no desenvolvimento de uma cadeia de abastecimento própria, o que resultou numa indústria de renováveis muito robusta. A Europa e a América ficaram para trás nesta corrida e estão a recuperar o atraso.
O hidrogénio verde e os combustíveis sintéticos de origem não biológica assumem-se, cada vez mais, como alternativas, sobretudo em setores como o transporte marítimo e aéreo e a indústria, que não podem ser diretamente eletrificados.
O RePowerEU está a mostrar que é possível caminhar no sentido de garantir a independência energética, no que à produção de energia verde diz respeito. O mesmo princípio se deve aplicar à produção dos equipamentos necessários a essa mesma transição.
Aceitar que o hidrogénio pode ser produzido com eletricidade a partir de energia nuclear poderá criar, também, uma grande distorção do mercado de eletricidade, prejudicando a transição energética verde.
As famílias e as empresas colhem agora os frutos do investimento feito nos últimos 15 anos em renováveis em Portugal. Esta é uma aposta que não podemos desacelerar.