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O “HUBopólio” – até quando?

Numa altura em que se discute um novo aeroporto para Lisboa e a palavra “hub” ouve-se de todos e para tudo, é importante perguntar se é desígnio do Estado utilizar dinheiro público para construir um aeroporto especificamente de tipo “hub” e se, daqui a 10 ou 20 anos, esse modelo ainda permanecerá válido.

Afinal, quanto vale a Azores Airlines?

Eis-nos então chegados ao primeiro concurso público para privatizar uma das quatro companhias aéreas detidas pelo Estado português, neste caso a Azores Airlines. A primeira ronda deste processo terminou com uma certeza e com uma dúvida.

O aeroporto é velho, mas o Estado é novo

A manipulação democrática sempre existiu, mas a esta escala, com esta perversão e com o alto patrocínio concertado de Governo, partidos, academia e alguma imprensa, é um fenómeno novo.

Em nome do Estado, da TAP e do Hub santificado

Qualquer economista deverá estar a perguntar-se: mas afinal quanto vale esse “hub”? Qual é o retorno desse investimento? Até que valor deveremos suportar este dito investimento público? As perguntas sobre os limites desta estratégia não estão a ser respondidas e há uma precipitação incompreensível e quase dogmática sobre este tema.

Continente à deriva

Para destinos ultraperiféricos como a Madeira, a promessa de ligações via “hub” não ajuda, pelo contrário: encarece os bilhetes, transforma um percurso de 4 horas em voo direto numa viagem de 7-8 horas com escala que se torna incompatível com o comportamento do turista dos mercados emissores mais promissores e obriga a estadias prolongadas para “valer a pena o esforço da viagem”.

Contribuinte português oferece 2,7 mil milhões de euros à Lufthansa. Aceitaria?

A TAP só deveria ser vendida sob a condição de o contribuinte recuperar – direta ou indiretamente – o que lá investiu.
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