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Autoeuropa. Dois mil trabalhadores assinam abaixo-assinado por melhores condições laborais (com áudio)

O SITE-SUL VW Autoeuropa denuncia “ritmos e cargas de trabalho extenuantes” e “pressões” a trabalhadores nas linhas de produção para que se atinjam os objetivos da produção “impostos” pela administração da empresa.
27 Junho 2022, 10h50

Cerca de dois mil trabalhadores subscreveram o abaixo-assinado por melhores condições laborais nas linhas de produção da VW Autoeuropa, avançou nesta segunda-feira, 27 de junho, a comissão sindical do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE-SUL). O sindicato denuncia “ritmos e cargas de trabalho extenuantes” e o seu impacto negativo na saúde dos trabalhadores e dá conta do aumento “já elevado” do número de trabalhadores com doenças profissionais.

“O número alcançado em cerca de 2.000 assinaturas, comprova o grande descontentamento que existe no seio dos trabalhadores, face aos ritmos e cargas de trabalho extenuantes e às pressões a que estão sujeitos diariamente, para que se atinjam os objetivos da produção impostos pela administração”, explica o SITE-SUL VW Autoeuropa.

A comissão sindical do SITE-Sul “saúda o empenho” de todos os trabalhadores da produção e outros departamentos, “na luta por melhores condições de trabalho nas linhas de produção” através da subscrição do abaixo-assinado, lançado para esse efeito.

O sindicato realça que desde há muito que vem a alertar para esta situação e a revindicar a tomada de medidas para que se melhore as condições de trabalho, para que, diz, ”se contenha e anule o impacto negativo na saúde dos trabalhadores e o aumento do já elevado número de trabalhadores com doenças profissionais e lesões músculo-esqueléticas derivadas dos ritmos e cargas de trabalho exaustivos a que estão sujeitos diariamente”.

Sindicato pede reforço de equipas

O SITE-Sul pede à administração da Autoeuropa o reforço das equipas e abertura de estações, a melhoria das condições ergonómicas, da manipulação de cargas pesadas, das ferramentas de trabalho, a manutenção preventiva aos equipamentos, bem como a “revisão dos MIX’s penosos nas linhas de produção”. Estas, diz, são algumas medidas exigidas e “urgentes” para melhorar as condições de trabalho nas linhas.

“Tal como os processos de otimização não podem servir para eliminar postos de trabalho, mas sim para melhorar as condições de trabalho e aliviar as cargas de trabalho”, salienta, acrescentando que “os trabalhadores exigem também ser valorizados e repudiam serem tratados como apenas números ou meras peças de uma engrenagem que servem apenas para atingir os objetivos da administração a qualquer custo”.

Neste sentido, avança, a comissão sindical vai solicitar na próxima semana uma reunião à administração para entregar o abaixo-assinado, discutir estas matérias e exigir medidas urgentes que salvaguardem a saúde dos trabalhadores e melhorem as condições de trabalho.

Através da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) vai também dar conhecimento do abaixo-assinado, número de assinaturas e da situação em Palmela ao IG Metall, o maior sindicato dos metalúrgicos da Alemanha.

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