Face à morte da jovem de 17 anos que se encontrava internada no Hospital D. Estefânia, o Ministro da saúde, Adalberto Campos Fernandes, e o Diretor Geral da Saúde, Francisco George, realizam uma conferência de imprensa para, mais uma vez, reforçar a importância e indispensabilidade da vacinação nas crianças de idade escolar.
“Temos 200 mil vacinas para serem utilizadas em caso de necessidade, informou-nos a Infarmed”, referiu o Diretor Geral da Saúde, apelando ao bom senso dos pais para a prevenção da doença, “principalmente em crianças com idade escolar”.
Em Portugal, as vacinas estão disponíveis a partir dos 12 meses de idade, “e as crianças devem estar imunizadas”, adverte o Diretor Geral da Saúde.
A jovem, que havia sido afetada pelo vírus através de uma criança de 13 meses, morreu na madrugada desta quarta-feira, “na sequência de uma situação clínica infeciosa com pneumonia bilateral”, tinha avançado, ontem, o Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC).
O seu estado de saúde havia agravado durante o dia de ontem e o Expresso Diário avançou que a equipa médica não estaria a conseguir tratar com sucesso a pneumonia, complicação respiratória que advém da infeção do sarampo.
Francisco George relativiza ainda que “o sarampo encontra resistência para progredir e só existe unicamente em pessoas doentes. Para circular é preciso encontrar “terreno favorável”, coisa que Portugal não tem. Nunca teremos uma epidemia de grande escala”.
Relativamente aos adultos, “os que têm mais de 40 anos, pelo menos a maior parte, terão anticorpos protetores do sarampo, no seu organismo. Os que têm menos de 40 anos, estão protegidos pelas campanhas de vacinação”, referiu ainda o Diretor.
Por sua vez, o Ministro da Saúde tranquiliza reconhecendo que Portugal se encontra “no início de um processo de estabilização”, uma vez que não existem mais casos diagnositicados, desde a passada terça-feira, mas enfatiza que ” vacinação é segura e eficaz”.
“Existe uma barreira que protegerá a expansão deste surto epidémico”, mas para tal é preciso que os pais parem “com a especulação em torno da ciência” e passem a “confiar mais nas autoridades e no sistema de saúde”, declarou Adalberto Campos Fernandes.
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